25... e aí?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

1/4 de vida. Estive com alguns bons amigos ontem, daqueles que fazem você faltar a uma conferência que custaria 300 reais se saísse do seu bolso, para o simples prazer de contar duas nicas e tomar uma cerveja num depósito de bairro. E quando me vi, comportadinha e tal, com meu casaquinho e minha blusinha de gola alta, pra suportar meu frio congelante de 19°, lembrei que quando eu tinha 17, não me imaginava nem com 20, que dirás 25. E eis que aqui estou.

O mais engraçado, é que eu tinha planejado ter meu primeiro filho aos 24. Pra que ele crescesse e eu pudesse aproveitar um pouco mais da vida, mas tem aquele ditado que está certo em qualquer época, que diz que aos 15 tudo é mais fácil. A gente pula aos 20 e não muda muita coisa, talvez um ou dois amores, três ou quatro rugas, cinco ou seis novas posições sexuais, sete ou oito demissões de empregos mixurucas, nove ou dez tentativas de suicídio, onze ou doze quilos perdidos (ou recebidos de mau-grado pela vida cretina que levamos, ainda bem que meu caso é o caso perdido). Na essência, é a mesma coisa. Eterna menininha de classe média que se anula em fazer o que realmente quer com medo da cara feia do papai. Eu imaginava que aos 25 eu seria mãe, ou que pelo menos teria alguns carimbos no passaporte.

Tudo bem, 25 nas tripas. Tempos mais competitivos, e eu vejo que não sou tão brilhante quanto necessário, ou ainda não acertei, mesmo depois de colocar minha cabeça na guilhotina, largar uma graduação pra fazer outra, pensar em estudar fotografia, política e jazz e parar em cinema...
ah, tanta coisa, tanta coisa mudando de lugar e se transformando, e eu achei que minha vida aos 25 seria igual a do meu pai, toda ajeitadinha. Hoje ele me olha com aquela cara de derrota, mas não quero acreditar que estou derrotada quando a coisa está na verdade ruim pra todo mundo.
Vou sair pra beber com os amigos, como todo ano. Pena que dessa vez não com tanta vontade. Não sei, cada ano que passa eu me fecho numa concha, e quero menos pessoas ao meu redor. Algumas queridas que estão longe, outras que estão perto, mas tenho fugido do resto. Deve ser sintoma de velhice mesmo.

Velhice, não! Do contrário, me sinto com 15. Vou internalizar isso para tornar as coisas mais fáceis de hoje em diante. Feliz aniversário para mim, então. Vou ali tomar uma com os amigos. Os do peito, de fé, amigos irmãos... amigos. Sei lá, só queria escrever algo, que mostrasse minha feliz angústia de ter 25 anos, carinha de 18 e nada construído. 1/4 de século... Nossa. Assustador.

A minha vida realmente não cabe num opala.

sábado, 26 de julho de 2008

Quem por ventura for ler este texto algum dia na vida, não espere dele uma crítica cinematográfica, uma análise profissional dos méritos ou defeitos do filme. Este texto é fruto de uma pulsão, do soco no estômago que recebi hoje à noite no VI Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual.
E preciso dizer que não agüento mais ser saco de pancadas. Talvez eu seja realmente uma pessoa suscetível, ou esteja sensibilizada por morar numa cidade que recentemente publicizou que alguns de seus bairros periféricos têm toque de recolher, chacinas semanais e um embrião de mais uma guerra de traficantes nesse país de merda em que vivemos. O fato é que pelo menos para mim o filme entrelaça as violências do cotidiano, aquelas pequeninas, das insatisfações diárias, das frustrações, das saias justas em que somos colocados pelos outros, e aquela maior, que é fruto de um sistema social fudido, do qual fazemos parte, que não se incomoda de passar por cima de pessoas, famílias e sonhos, para que sua engrenagem continue a funcionar.
Não sou adepta da concepção de que o cinema tem que ser uma máquina de sonhos, de ilusão. É papel do cinema também denunciar as coisas que parecem erradas para alguém, portanto se os filmes são brutos, vomitados e violentos, apesar de um acuro e cuidado estéticos, a culpa não é do cinema, mas da realidade em que ele está inserido, e que é por sinal, a mesma que a nossa. Nesses dias de seminário, os filmes têm me tocado muito, mas mexido bastante com algo desconfortável, a idéia e a sensação física do medo. Do medo de uma violência que parece escalar pelas paredes do meu dia a dia. Temer as outras pessoas que nem eu que andam pela rua, desconfiar dos maltrapilhos, dos pedintes, dos pivetes – gente que geralmente é preta que nem eu – o que acaba doendo um pouco mais, eu acho. De repente, me pego me privando de coisas que gosto, por medo de ser assaltada, por exemplo. Essa sensação de impotência me assusta. E talvez porque ela pula da tela de modo tão aterrorizantemente realista, é que minha vida não caiba num opala.

...

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Como mestre Cartola já disse...

domingo, 20 de julho de 2008

O mundo é um moinho. Enquanto uns se apaixonam, milhares tomam no cu.
Acho que o que falta nas pessoas é auto-estima. A suto-estima leva a auto-suficiência. Porque, apesar de não ter compartilhado desse pensamento em grande parte de minha vida, hoje eu tenho plena convicção que ninguém precisa de ninguém para ser feliz. Apenas precisa se amar, e parar de refletir no outro a felicidade que espera ter.

Porque o mundo, na verdade, está podre, e cheio de pessoas podres. E aquela pessoa que você olha com ternura, de uma hora pra outra, depois de um dia saudável, e cheio de surpresas agradáveis, pode chegar e te esfaquear na nuca, sem chances de revide. Quando nós nos amamos em primeiro lugar, por mais que venham facas, adagas, tiros, mísseis... Qualquer um desses é fichinha pro bem que a gente quer a nós mesmos. A gente chora, e se levanta no dia seguinte, sentindo o frio de uma manhã de inverno, lembrando do verão infernal e de como essa noite amena foi desejada... e percebe que o mundo é bom, e o que atrapalha viver são as pessoas.

Sim, ninguém é bom hoje em dia. Eu não sou, você que está lendo, não é. Determinamos pelo menos 1/3 do nosso dia para conspirar alguma maldade, pensar mal de alguém, ter raiva, planejar vingança. E esse 1/3 é mais significativo do que qualquer um pode pensar, pois um pensamento negativo tem poderes externos e internos. Mas não dá pra fugir, então, tirar a amargura do coração ajuda bastante. Você não presta mesmo, e ninguém presta, então, não se culpe de pensar assim ou assado.

O mundo é um moinho. E você só consegue estar tranquilo com qualquer pessoa se não souber, em hipótese alguma, o que ela anda fzendo quando você não vê. Sim, se eu sou o que ninguém vê, a outra pessoa também não é transparente o suficiente, ou seria muita ingenuidade de minha parte pensar dessa forma, não. No final, sobram apenas aquelas pessoas que acharam dentro de si gana suficiente para seguir em frente, e isso não tem nada a ver com fatores externos, se tivesse, não teríamos um índice tão grande de suicídios se família, trabalho, dinheiro realmente importassem no final das contas, Durkheim que me perdôe. O extrato da vontade de viver está na alma mesmo, dentro de cada um, seja por um ideal, seja por amor próprio mesmo, o que no final é a mesma coisa. O mundo é de quem dá mais, e todos nós devemos estar preparados para a queda, enchendo nossas próprias almofadas. Quando Hobbes disse que "O homem é o lobo do homem", disse isso com uma visão profética de que ninguém deveria depender de ninguém nessa vida, buscar sua individualidade, sua independência. Menos contos de fadas, mais histórias baseadas em fatos reais. E só.


Esse post foi escrito em homenagem a minha irmã, Bel. Ela vai ler, e eu só quero dizer publicamente que não é João, David, Francisco, Sérgio, Gabriel, não existe ninguém que vá atrapalhar o caminho que a gente trilhou e merece, ninguém tem esse poder, ninguém pode tanto. Nos convencendo disso, o mundo será nosso, e você sabe, tanto quanto eu, o quanto nós desejamos tomar conta dele... O mundo é um moinho, e chegou a nossa vez.


♥♥♥♥♥♥

sexta-feira, 18 de julho de 2008




Another lonely day...

sábado, 12 de julho de 2008

Eu tinha comentado com uma amiguinha malvada minha (eu prometi que ia dar o troco) que iria demorar alguns dias até eu me sentir só novamente. Mas, ontem, minha irmã comentou que esse tempo meio friozinho é bom pra namorar. Bom, não sei se a nostalgia que eu estou sentindo tem a ver com a falta do sexo oposto ou se tem algum motivo biológico. De certo, hoje eu acordei meio distante.

Queria mesmo era viajar. Acho que acordei assim porque ontem passou imagens da Turquia no Globo Repórter. Sim, sempre tive vontade de ir até lá, passar algum tempo ali, não sei, algo me impele para aquele lugar. Sozinha. Meus planos de viagem eu nunca faço pensando em companhia. Mas de repente eu me senti velha e pobre... e lembrei que em minha vida eu sempre fiz mais planos que realizei metas, e de repente, me vi com medo de não ter dinheiro, casar, ter filhos, antes de explorar o mundo da maneira que sempre sonhei pra mim.

Minha maior dor é essa, ver que o tempo está passando e eu continuo paradona. Eu sempre tive orgulho de mim mesma, hoje em dia sinto algo frouxo. Fico consultando oráculos que só me dizem que eu terei uma vida difícil, mas que eu vencerei, e acho todos eles um porre. Leio textos de auto-ajuda, desses que dizem que você deve mudar determinadas posturas, e eu tento, mas quando eu me lembro da pressa que eu tenho para viver, eu tenho vontade de queimar todas as teorias e palavras mansas que todo mundo já disse um dia.

Acho que minhas meninas temem ficarem sozinhas, sem uma costela. É, eu conheço. Eu até temo também, mas temo mais viver uma vida ordinária, sem aventuras, sem coisas novas, não sei... Ai, tem tanta coisa presa em minha garganta querendo sair e eu nem faço idéia do que elas possam ser, me sinto um ser inútil, aqui, parada, escrevendo meia dúzia de baboseiras porque não aguentava mais a maciez da minha cama. Preciso conhecer a Turquia. Ou, quem sabe, procurar o que fazer.

"O que eu faço?!"

sexta-feira, 11 de julho de 2008

MULHER E PLENITUDE

quarta-feira, 9 de julho de 2008

É plenitude do ser, mulher
Amar a si num outro ser
Manter puro o real não visto
Mesmo isto sendo malquisto

É plenitude do ser mulher
A vaidade exacerbada
Com vertentes inimaginadas
com a fragilidade maqueando poder

É plenitude: do ser mulher
que é mãe, que é lavadeira,
que é amante, costureira
executiva, arrumadeira

É. Plenitude do ser mulher
não é solúvel em sessões terapêuticas
Freud e Lacan de mãos dadas não tinham essa fé
De desvendar o segredo da complexa genialidade que constitue o ser mulher.

Sorry!

Olá!
Sei que é uma surpresa, mas siiiiiiim, finalmente tomei vergonha e deixei de ser a ausente da vida de blogueira.
Peço desculpas a todos, em especial as minhas amigas CHATTINHAS, que, com certeza, já planejaram algumas boas maneiras de me fazer tomar jeito.
Meu 1° texto falará justamente de ausência. Ausência que quer dizer além de afastamento, inexistência...
Há alguns dias, me dei conta (com ajuda de alguns amigos) do quanto estava caminhando para a inexistência na vida de alguns, e do quanto estava afastada da minha própria vida. Vocês já se perceberam assim? Ausentes de suas vidas???
Os sinais falam por si, e os amigos falam mais ainda. O sujeito começa a não freqüentar os lugares de sempre, não vê e pouco (ou unca) fala com os amigos, não faz mais as atividades que lhe dão prazer, enfim, o indivíduo deixa de ser agente da sua própria existência para se tornar alguém que ouviu falar a respeito, como se sua antiga rotina fosse um comercial que passou na TV, todos viram e acharam legal, mas você ainda não pode ver pois está sem tempo até pra ligar o televisor.
Imaginem só... Fiquei assim.
Acho que a pior parte disso tudo, é pecerber as razões que me levaram a essa lastimável situação: dedicação ao trabalho.
Admito que sou perfeccionista e obstinada, teimosa mesmo. Só consigo sossegar depois que utilizo todos os meus recursos para obter um resultado final positivo. Faço por prazer, mas odeio que achem que podem me fazer de trouxa em função disso, e era o que vinha acontecendo.
Deixei meus treinos de artes marciais, que tanto amo, deixei de ensaiar, deixei os amigos... tudo para me dedicar a um trabalho mal-remunerado, em condições duvidosas e sem o devido reconhecimento.
Agora devem estar pensando: Mais uma que se fu... à toa. rsrs Mas lhes digo que hoje estou fora daquele tormento, disposta a retormar minha vida com tudo de louco e bom que tem nela, e com a satisfação de ter feito bem tudo o que ali realizei.
Espero ser aceita de volta por merecimento. Prometo tentar não cometer o mesmo erro de ficar longe de mim e de vocês.
Hugs and kisses

"Eu toco bongô" xD

Ó, repare,esta semana pintei o cabelo de laranja.Mas ou menos assim:

E lembrei de Tinha com uma música,ouvi e associei a ela e o ultimo estrupício que apareceu na vida dela,é estrupício mesmo e foda-se se tiver lendo!Aliás,favor não ler mais.




Isso aí,post "macabéico"...rs..."seu tio toca violino?"...rs...culpa do cabelo laranja.xD

E aí, você faz análise?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Aprendi essa semana a nunca mais confiar em alguém que faça terapia. Se você, caro leitor, faz terapia, me perdôe, mas todas as minhas tentativas de me relacionar, não importa em qual âmbito afetivo, se de amizade ou algo mais, foram frustradas. Mas é sério. Uma pessoa que precisa pagar para conversar com um estranho pelo simples fato de procurar entender o que acontece dentro de si mesma, bah, me poupem. Já pensei em pagar um analista para mim, não vou mentir, mas confesso que ainda não o fiz até hoje pois iria me sentir ridícula, fraca, incompetente demais. Me perdoem também todos os estudantes de Psicologia, que precisam dessas pessoas para que um dia possam colocar o pão e o nescauzinho na mesa para seus bacuris. Mas, o teste de qualidade, daqui para frente, será: "e aí, você faz análise?"

Fatos da vida. Há uns 3 meses, conheci um cara. Poxa, que legal, de início sabia que nos daríamos muito bem, parecia uma luz no fim do túnel, para alguém curando dor-de-cotovelo por causa de uma paixão besta pelo melhor amigo e, por outro lado, com um noivo do outro lado do Atlântico (vai, diz, Maria Quitéria do meu lado é fichinha, haja senso heróico para conseguir viver desse jeito). Mas enfim, por essa pessoa em questão, eu juro, eu largava todos eles, ele me pareceu tão... fresco. Mas, fazia terapia. E me disse no primeiro encontro que era problemático. É pra isso que serve a terapia, para tornar pessoas problemáticas mais sinceras e assim melhorar o relacionamento delas com o mundo? Perdeu, preiboi.

O preiboi em questão começou a rixar comigo porque eu perguntei a ele (tudo bem, de forma um pouco calorosa demais, deve ser um problema de pessoas que fazem terapia também, elas aprendem a ser frias como seus terapeutas), mas de uma forma minha, sabe, autêntica... esse fato rendeu um post aqui, mais antigo, que por sinal, vou apagar, pois não sei se eu sou realmente muito volátil ou muito passional. Vou acreditar no segundo. Se assustou, se assustou por ter uma pessoa "half-falling-in-love" por ele. Será que dizem isso na terapia também? "Você é um verme, você é estranhão, que diabos você está fazendo aqui, você não pertence a esse lugar, se mate, ninguém nunca vai gostar de você"... Essa minha última colocação foi condenável e infantil, mas poxa vida, convenhamos... Mais infantil talvez seja você se descobrir excluída do messenger sem ao menos ter tido uma explicação plausível, por mais que essa fosse um "vá se foder", odeio, odeio covardia. Por isso não vou ao terapeuta, porque eu acho que eu posso resolver todas as merdas da minha vida. E uma pessoa que me disse tantas, mas tantas coisas sobre "peso", "leveza", "fluidez", "Nietzsche", bah! Tão cheia de axiomas, de verdades, e não sabe mandar ninguém tomar no cu por defender algo que é seu.

Me ligou depois que eu mandei um e-mail dizendo que para uma pessoa tão cheia de princípios, ele tinha ido muito mal. Me ligou, dizendo que eu não sabia nada da vida dele. Bingo! sei o suficiente. Sei que vai ao terapeuta há 5 anos. Que é um homem que não sabe lidar com os próprios problemas, que se esconde de si mesmo e dos outros, e que, veja só, sentiu medo de mim, porque eu irradio calor demais. Sinto? Muito, por ele. Por mim não, eu sou uma mulher resignada, de cabelo vermelho, tentando ser feliz, batalhando meu lugar ao sol e dialogando sozinha com meus próprios demônios, pois eu sei que eu sou capaz. Se eu sentir vontade verdadeira de morrer, eu vou ali e tomo veneno, sem maiores preocupações. Já falei muitas vezes em ir ao terapeuta, inúmeras, inclusive com ele... Mas devo crer que Deus não faz nada à toa, e agora eu compreendi o porquê de eu ter passado por tanta tormenta em tão pouco tempo. Eu faço o que quero, e consigo o que almejo, e acabou.

PS. Não sou uma completa ignorante. Compreendo que existem patologias psicológicas, e eu acho que problemas existem unicamente quando existem essas patologias. Se você não é psicótico, psicopata, sociopata, serial killer, pedófilo, enfim, o que você precisa de fato é de uma surra de gato morto até o gato miar, procurar conhecer o sertão adentro, subir uma favela ou andar sozinho na rua de madrugada, para compreender o que é a realidade e ver que diante das dores do mundo, seu problema não é nada. Frescura, não cola. A vida está aí, é dura, mas é dura pro mundo inteiro, até para aqueles que tem que administrar 25 contas bancárias na Suíça. Menos egoísmo, mais amor próprio e ao próximo. Franqueza ao invés de sinceridade. E por fim, o terapeuta merece ganhar dinheiro, merece. Mas o mundo precisa mais de bravura que de terapeutas. E criem seus filhos nesse sentido, pois se essa geração é "prozac", a próxima merece não ser.

Opinião Masculina

sábado, 5 de julho de 2008


Esse post é uma contribuição de uma figura masculina bem interessante,meu ex peguete-quase namorado-amigo...rs...que adora nosso blog,lê diariamente,é fã dos escritos de Tinha ,e como já havia sido convidado a colaborar com o nosso blog ,caso se sentisse inspirado,veio através deste expor sua opinião sobre nosso assunto polêmico da semana:Amizade Homem+Mulher.


"Amigas [peguetes em potencial]

Amizade entre homem e mulher é uma coisa muito peculiar e complicada. Acho legal ter amigas, pois as mulheres são seres bem estranhos e geralmente eu nunca sei o que elas querem. Estou falando das que eu tenho a intenção de ficar, o que na verdade é a maioria. Por isso, ter amigas neste caso ajuda a decifrar melhor o que fazer para pegar mulheres, ter menos estresse com a patroa e claro pegar as amigas dela. É não vou ficar de mentirinha aqui, é raro um homem olhar para uma mulher e não querer ficar com ela.

Algumas poucas coisas podem mudar isso como: o cara não se sentir atraído pela mulher, ela ser amiga próxima de uma ex [isso pode ter validade curta], o cara saber de algum problema grave para avanços futuros [mau hálito, má higiene, a mulher ser ruim de cama, ser frígida...], o cara ter ficado com ele e não ter gostado, ela ser ex de um brother [isso tem validade quase que eterna, só as mulheres que são muito safadas mesmo é que pegam o ex das amigas] e muito raro eles terem ficado e o cara gostado mas ela ser muito brother e ele ta precisando de uma amiga ou ter rolado uma amizade legal [mesmo assim as vezes a gente vai olhar com vontade de garrar de novo, ainda que demore ou nunca o faça].

É fato e simples, as mulheres são lindas e maravilhosas por isso sempre é difícil resistir à tentação de se jogar para uma amiga, o agravante é que você já sabe das cosias que ela gosta e vice – versa [é um problema descobrir o que as mulheres gostam ou querem, até porque geralmente vocês são seres muito inconstantes], logo; agarrar uma amiga e transforma-la em namorada, peguete – fixa ou qualquer coisa semelhante sempre é útil e mais fácil.

Mas mesmo assim, têm algumas amigas que você percebe que ela é uma pessoa especial depois de um tempo. Por isso, mesmo ainda sentindo alguma atração por ela, tentamos aproveitar a companhia, o colo e as sábias palavras dela quando precisamos. Melhor fazer isso do que ficar se jogando para trocar fluídos, o que às vezes pode estragar a amizade.

De certa forma, acho que dei sorte nesse sentido, tenho algumas amigas significativas mesmo [obvio que são poucas], e tive também um processo curioso de namorar com algumas amigas. Tentei também fazer com que minhas ex depois se transformassem em amigas [não pensando em pega-las de novo, mas porque mesmo não dando certo percebi que algumas delas eram mulheres da caralho e não as queria distante].

Nunca tive amiga que ficasse nua em minha frente, mas não sei como reagiria se alguma ficasse [talvez eu ficasse na minha e só olhasse, não acho que seria um pião no cio e agarraria logo], mas nem acho que isso diminui as amizades femininas que tenho. Para mim o que conta muito é a disposição. Acho que amizade forte mesmo existe quando você ta na fossa e precisando de alguém liga para uma amiga que atende em qualquer hora, lugar e se possível sugira um encontro para lhe dar colo.

Às vezes acontece algo simples nessa relação, você se apaixona por sua amiga. Simples, ela te dá colo, te conhece, te da conselho, é bonita, interessante e é uma pessoa que você descobriu maravilhosa, então para que ficar procurando mulheres em outros lugares se você já achou uma. É um fato, hoje em dia achar mulheres decentes que não sejam escrotas, malucas ou interesseiras é raro. Arranjar alguém para namorar esta cada vez mais difícil e pegar as amigas às vezes nos poupa deste trabalho. Afinal, quem vai ficar andando com umas porras que nem a gente, se não gosta?!

Acredito muito em minhas amizades femininas e valorizo todas elas, mas acho que sempre é uma relação que deve se ter um cuidado a mais. É muito fácil confundir as cosias de vez em quando e machucar alguém nunca é bom, principalmente uma pessoa que se respeita, admira e ama. Existe amizade entre homem e mulher, mas ao mesmo tempo tem que se ter noção que essa história é uma história também de homem e mulher.
A atração sempre vai existir em menor ou maior nível, a única coisa que tem que se dosar é como levar essa relação sabendo disso. "

Silvano Vianna - http://discursohumanista.blogspot.com/

Bons Amigos... apenas?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Acho interessante fazer desse tema um ciclo de debates, com exposição de idéias... pois eu tenho várias impressões sobre o assunto, já senti na pele várias emoções, e se um dia eu vier a casar, espero que seja com um grande amigo... enfim.


Já tive amigo de fechar meu sutiã, já tive amigo que dançou comigo e eu senti algo estranho lá embaixo. Já tive amigo de me dar selinho na boca, já tive amigo de não querer nem me tocar, não sei por quê. Tenho amigos que me dizem até hoje, de boca aberta, para todos ouvirem, que se eu tivesse "dado mole", teriam me traçado. Já outros que dizem: "nem morto, ela é uma irmã para mim", embora hoje em dia, apenas um tenha restado dessa laia.
Tenho uma teoria complicada que diz que muito raramente, mas em casos isolados mesmo, um homem pode ser o melhor amigo de uma mulher. Leia entre os casos isolados os namorados fiéis, os gays e aqueles que você sente na hora que Deus não colocou em seu caminho como irmão pois seria mais fácil vocês se darem bem como amigos. Pois os amigos, nós os escolhemos, eles são para nós tudo que nós projetamos em uma pessoa como o exemplo de uma pessoa boa, quase perfeita. Por isso tanta decepção, por isso tantas brigas, tanto chamarmos a atenção, tanto nos apaixonamos por eles.
Eles são tudo que nós pediríamos num homem que nos viesse a compartilhar a vida. Eles nos ouvem, nos fazem rir, nos fazem companhia, levam a gente em casa na madrugada, nos apresentam os amigos deles, assistem futebol com a gente, bebem com a gente e aparam nosso vômito, sem dizer nenhum "ai", não implicam se a gente resolve fumar um baseado ou um cigarrinho só de onda, dão risada quando a gente mostra a calcinha sem querer. Ou seja, não há tanta cobrança, é apenas a leveza, a tão almejada leveza, é tudo que queremos num relacionamento nosso.
De repente, a vontade de ver cresce, o ciúme também... aquela vaca loira aparece na vida dele, e você só falta fazer um vodu pra ela, e não entende... "nossa, não posso estar gostando dele! Ele é meu irmãozinho!" Irmãozinho porra nenhuma, é um homem, tem algo no meio das pernas que você deseja muito e o pior, você já percebeu que ele te olha diferente de vez em quando.
Se apaixonar pelo melhor amigo é algo tão antigo quanto a posição de fazer xixi. Por mais que apareçam outros caras na vida da gente, é no colo deles que nós choramos as mágoas, e quando eles falam "não, ele não serve p'ra você", eles botam tudo a perder. A química funciona de forma diferente p'ra mulher, ao contrário do que disse, nós não pensamos só em acasalar, quando olhamos para uma figura masculina, nós pensamos em alguém que nos proteja e proteja nossas crias - sim, isso vale até para as golpistas de barriga, afinal, dinheiro também é proteção. Mas, voltemos ao âmbito da carência.
Me lembro daquele filme "My Best Friend's Wedding"... Qual o ser do sexo feminino, tendo o melhor-amigo-"perfeito"-solteiro-não-gay, não pensou alguma vez na vida "se nada der certo, eu caso com fulano"? Eu já fiz isso, até. Ainda tem esse detalhe, nós achamos que nossos melhores amigos são perfeitos, mas, perfeitos para nós. É inadmissível o fato de eles encontrarem uma namorada, e pior ainda, quando ela é mais feia e mais gorda que você, o que eu sinceramente acho pior do que se ela for mais bonita e mais rica, afinal de contas, nossa condição nós temos que morrer aceitando.
Eu já fui mortalmente apaixonada pelo meu ex-melhor-amigo, e embora eu tenha descoberto que ele é mais imperfeito que perfeito, para mim, ele ainda é aquele ser alegórico que mesmo após tudo que passei, quando sonho com ele, acordo feliz. Hoje vivemos um pouco na frivolidade, acho que eu sempre gostei mais dele do que ele de mim, até na época em que não sentia nada por ele, não sei se é o jeito dele, não sei... Hoje ele tenta, aos pouquinhos, reconquistar minha confiança, puxar meu saco, entre outras coisas. Não minto que fico muito feliz, mas por outro lado, toda vez que eu o vejo, que eu ouço falar dele, que vejo uma foto, eu sinto de uma vez por todas que amor como aquele eu nunca vou mais sentir por ninguém; pois nele eu pude projetar tudo que eu sempre quis em uma pessoa, de modo a passar por cima dos defeitos, perdoar, esquecer, trilhar novamente, fazer planos... E agora, eu vivo ladrilhando meu caminho, somente p'ra não dar vazão a nenhum aventureiro ao ao lobo mau.
Amigos, amigos são bons pois nos dão conselhos sobre os homens do mundo, eles rixam entre si por nossa atenção. Claro que não se estende a todos, eu tenho meu amigo-irmão, que é cheio de coisas chatas, mas que eu não tiro da minha vida, pois já é quase um irmão. Mas todos os outros, são pessoas altamente apaixonáveis, pois nós os escolhemos, os magnetizamos...
Acho que ninguém jamais poderá decifrar o que realmente ocorre por trás de uma amizade entre um homem e uma mulher. É "cronicamente inviável", pensar que dois seres opostos que foram criados com um único objetivo possam compartilhar de amizade sem ter rolado alguma vez aquela olhadinha p'ra bunda, p'ro decote, p'ra transparência do biquini, olhar quando está dormindo, admirar como ele(a) dorme bonitinho ou ter um sonhozinho erótico daquele que te faz acordar meio azoada de madrugada.
Amigos... sempre bom tê-los, mas como sabê-los? Só vivendo, só vivendo.

 
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