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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

"Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei,
à estrada errada que eu segui com a minha própria lei.
Tenho o que ficou, e tenho sorte até demais..."

Vai passar.

Corpo de mulher, cabeça de homem

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tava ouvindo uma música linda de Roy Orbison, "I Drove All Night". Claro que quando ouvimos uma música como essa, estamos passíveis a pensamentos e eu pensei, mas pensei como homem. A música é o ponto de vista de um homem, mas eu me imaginei dirigindo um conversível pela orla da Soterópolis, atrás de um outro.
Até aí, problema nenhum. Digo, à primeira vista. Mas enquanto as outras pensam em um outro correndo num conversível em busca delas, eu estarei num conversível em busca dele. Aí é que está o problema, ao menos pra mim.
Uma vez me disseram que pensar como homem é ruim, outra vez me disseram que toda mulher deveria pensar como homem, de modo a se autodefender. De fato, já vi muita merda na vida de mulheres que pensam como homens, mas o interessante é que as merdas aconteceram antes que a vida desse vazão a outras merdas maiores, tipo, antes cedo do que tarde. Mulheres que pensam como homens se apaixonam fácil, mas desapaixonam também fácil. Mas quando se apaixonam mesmo, são como homens: tem coisa mais besta que um homem apaixonado?
O fato é que não deixa de ser um dilema comportamental, porque mulheres que pensam como homens espantam a maioria dos homens que se aproximam. Sem besteiras,. Essa semana um amigo meu disse que os homens se encontram acomodados, e querem tudo no fácil. Quer saber? Eu também sou acomodada, e quero tudo no fácil. Foda-se! Eu não vou me mostrar outra pessoa no início, não quero que ninguém se decepcione comigo. Sou o que sou e penso como homem, por isso estou mais preparada pra qualquer coisa. Choro no chuveiro, me descabelo, mas no outro dia estou bonita e maquiada e olhando para os lados, me comendo por dentro, mas muito bem.

A música? Bem, a música é essa aqui:

I had to escape , The city was sticky and cruel
Maybe I should have called you first
But I was dying to get to you

Eu tinha que escapar, a cidade estava grudenta e cruel
talvez eu devesse ter te ligado primeiro,
mas eu estava morrendo de vontade de estar com você

I was dreaming while I drove
The long straight road ahead
Uh-huh, yeah

Eu estava sonhando enquanto eu dirigia na
longa estrada em frente a mim.
oh yeah

Could taste your sweet kisses, your arms open wide
This fever for you was just burning me up inside

Poder provar seus beijos doces, seus braços abertos
essa febre por você está me queimando todo por dentro...

I drove all night to get to you
Is that all right?
I drove all night, crept in your room
Woke you from your sleep to make love to you
Is that all right?
I drove all night

Dirigi a noite toda, pra estar com você
isso está certo?
dirigi a noite toda, rastejei em seu quarto
te acordei do seu sono, para fazer amor com você...
isso está certo? eu dirigi a noite toda.

What in this world keeps us from falling apart?
No matter where I go
I hear the beating of our one heart
I think about you when the night is cold and dark
Uh-huh, yeah

O que nesse mundo nos mantêm distantes?
Não importa onde eu vá, eu ouço a batida do nosso coração
Eu penso em você quando a noite está fria e escura,
oh yeah

No one can move me the way that you do
Nothing erases this feeling between me and you
I drove all night to get to you
Is that all right?
I drove all night, crept in your room
woke you from your sleep, to make love to you
is that all right?
I drove all night...

Ninguém mexe comigo como você
nada nesse mundo pode apagar esse sentimento entre nós...
Dirigi a noite toda, pra estar com você
isso está certo?
dirigi a noite toda, rastejei em seu quarto
te acordei do seu sono, para fazer amor com você...
isso está certo? eu dirigi a noite toda...

Também, é meio difícil pensar como mulher diante de uma música dessas...

Algumas impressões sobre o amor

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na idéia, querendo e ajudando, mas quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois."

Guimarães Rosa


"Por falta de vontade, me apaixono; e assim me cumpro."
Agostinho da Silva

E para não dizer que eu não lembrei da minha prima... primavera...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

E que essa primavera nos traga muitos dias azuis, sol e amor nos nossos corações.

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez...

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar...

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer...

Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender...


Então são esses os meus votos para as suas respectivas primaveras.

E para não dizer que eu não falei de coragem...

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

Há os que têm vocação para escravo,
mas há os escravos que se revoltam contra a escravidão.

Não ficar de joelhos,
que não é racional renunciar a ser livre.
Mesmo os escravos por vocação
devem ser obrigados a ser livres,
quando as algemas forem querbradas.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.

O homem deve ser livre...
O amor é que não se detém ante nenhum obstáculo,
e pode mesmo existir até quando não se é livre.
E no entanto ele é em si mesmo
a expressão mais elevada do que houver de mais livre
em todas as gamas do humano sentimento.

É preciso não ter medo,
é preciso ter a coragem de dizer.


(Carlos Marighella)

domingo, 21 de setembro de 2008

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar

Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo en una sombra que el temor no esquiva
El miedo as una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dotor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa onde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de ecnontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
Medo circulando nas veias ou em rota de colisão
Medo é de deus ou do demo? É ordem ou é confusão?
O medo é medonho
O medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de iludir

Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Medo que dá medo do medo que dá

(Miedo - Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis)

Pensamentos nefastos numa noite apática.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ontem eu tomei um bolo - quem sabe um fora, quem sabe - o que me fez acordar com pensamentos esquisitos hoje, que refletiram em várias coisas durante o meu dia. Cada merda que acontece, eu decido de uma vez por todas que não vou pensar demais, que vou deixar rolar, mas não adianta, eu sou do tipo idealista mesmo e fico confabulando como será meu sábado, meu domingo, enfim. E detesto quando eu estou cheia de expectativas pra alguma coisa e a mesma dá errado, enfim, que o diga meu braço dolorido de carregar tantas apostilas para concurso, o pior é o desperdício de tantas boas intenções, mas voltando ao ponto principal do que eu gostaria de desabafar pro mundo...

Eu tava olhando o orkut da última pessoa que me aturou na vida durante um tempo considerável - considerando que eu não mudei muita coisa dos 16 anos para cá - e por um momento eu invejei mesmo a felicidade dele com a atual namorada dele, burrinha, mas bonitinha. Invejando mesmo, sem tirar nem por. Invejando o quanto que ela está próxima da família dele, os sorrisos, a burrice dela. Tive vontade de experimentar ver se acaso eu procurasse ele de repente, se ia mudar alguma coisa, destruir a felicidade deles (ou me enfiar num buraco sem fundo, se caso ele preferisse a "burrinha, mas bonitinha" dele), mas lembrei que nos magoamos muito e que eu fui realmente brutal nas coisas que fiz, no que fiz ele passar, a desmoralização dele na frente dos amigos, muita coisa chata.

Juntando os acontecidos nessa época, e fazendo um balanço com a quantidade de foras sutis ou estarrados que eu tomei esse ano, eis que eu penso: será que eu sou um peso? O que há de tão pesado em mim, mesmo quando eu fico cheia de firulas em dizer o que penso, o que sinto, como agir e outras coisas. Cansei de ouvir que eu sou "demais" me olhando no espelho e vendo uma pessoa normal, com inclinações tanto ao extraordinário quanto ao fútil, quando ao meu redor muitas pessoas fúteis, fracas, fáceis e feias (não num sentido estético) vivem ostentando sorrisos e esfregando em minha cara espólios de conquistas como se eu não fosse capaz de conseguí-los, e no fundo acho que realmente perdi essa capacidade.
Falo do coração? Falo sim. Não que seja algo crucial vida-ou-morte, mas é que apesar de me prometido que não ia dar tanta atenção a isso, na medida em que a quilometragem sobe, a auto-estima desce, sendo que a quilometragem sobe num sentido da busca, da procura da tão almejada paz.

Tento ser legal, ser carinhosa, atenciosa, me forço a fazer coisas que não são da minha natureza, mas no dia seguinte tenho que me contentar com o vazio, com olhar o celular 5 mil vezes por minuto e ver que nada acontece, e sentir a alma murchar, murchar, murchar. Devo ser realmente uma pessoa muito azarada, ou estar cumprindo um carma desgraçado de outra vida, mas não sei, sem querer ser determinista ou apocalíptica, talvez minha paz deva ser buscada por outros meios que não sejam uma quietude de coração. Porque quando eu penso que engata, de repente (vide postagem anterior, todo prafrentex), faltando uma hora pra engatar, tudo dá errado.

Em um momento de minha vida, cheguei a acreditar que tudo dava errado em questões sentimentais porque meu ex-namoradinho teria jogado uma praga daquelas que eu nunca mais encontraria alguém depois do que eu fiz com ele. E não sei, como sou meio masoquista, acho que ainda tendo a crer em algo nesse sentido. Mas hoje, vendo ele, vendo o sorriso dele com os dentinhos separados, me deu uma nostalgia barata daquelas que você quer estar no lugar de quem faz o seu passado sorrir, mesmo sabendo que a merda foi você quem fez... e por um momento, juro, que quis ser loura e burra, mas que ao menos tivesse a leveza que qualquer um precisa, ao invés de ficar me preocupando e medindo meus atos sem que eu perca meu quê de autenticidade e por isso mesmo, me tornando uma pessoa artificial.

Estou escrevendo essa postagem e ouvindo a trilha sonora de Elizabethtown, um filminho de Cameron Crowe. Não sou dada a comédias românticas, mas esse filme introduziu um conceito em minha vida que diz muito sobre minha situação, o de pessoa substituta. Aquela que está em algum momento da vida de alguém suprindo alguma necessidade que uma outra, ou algo, deixou, ou quando a necessidade é grande (me ajude com isso, veja isso pra mim, me faça um favor). É assim em casa, na rua, na chuva ou na fazenda. E já disse que não é uma visão determinista, nem que eu estou feliz em ser assim, não, me incomodo de não poder ser "eu, ser assustador" o tempo inteiro. Não fui feita para medidas, e não sei qual mundo me acolherá.

Constam nos astros, nos livros, nos búzios...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

...oráculos todos, e eu gosto deles. Gostam quando eles dizem "mudanças já, Marta!" ou "sua vida dará uma reviravolta" ou ainda "terás uma grande surpresa até o final da passagem da lua na órbita de plutão e pelos anéis de saturno", mas gosto mais ainda de quando os dispositivos de tecnologia móvel mediam informações do tipo "que tal quarta-feira?"

Mas, é legal, eles podem não ter esse poder todo de advinhação ou de profecia, mas pra quem acredita, eles têm um poder todo especial de transferir energia positiva para os caminhos a se seguir, especialmente quando profetizam algo de bom. Se o seu horóscopo diz que você vai "pegar seis" hoje, você se arruma toda e pode não "pegar" os seis, mas com certeza vai "pegar" um. E é o bastante para que você passe a acreditar neles e procurar pela ajuda deles todos os dias. Até quando a previsão não é tão boa, você dá o seu jeitinho, se resguarda, se preserva. Tudo faz parte.

Tenho tendências a acreditar em coisas sobrenaturais, metafísicas, esotéricas. Semana passada eu comprei um incenso chamado "Kama Sutra", com essências de Patchouli e Cravo. Devo admitir que ele funciona... sério! Sem detalhes sórdidos, mas é batata. Funciona talvez mais porque direciona nossa vontade para a nossa necessidade momentânea, e você compra um incenso pensando claro nas vantagens terapêuticas dele... mas funciona.

E a tecnologia móvel? A tecnologia móvel, na minha opinião, foi uma das invenções mais fantásticas da pós-modernidade, que permite que tudo que astros, os livros, os búzios e oráculos se confirmem por meio de uma única chamada que te faz sorrir durante um fim de semana inteiro. Não sei se meus oráculos são bonzinhos, se meu signo astrológico ajuda, ou se os planetas estão a meu favor, se os búzios estão marcados... mas quanto a previsões, esse ano, não tenho que me queixar. Profissional deslanchando, dinheiro (pouco, mas digno) e paixões, várias, à vista. Que em 2009 me venha tudo em dobro, olhe lá quem vai reorganizar esse mangue universal que nelhorou minha vida: eu juro que roubo o anel de Saturno e vendo na Feira do Rolo.

A gordura como subversão

domingo, 31 de agosto de 2008

Há algum tempo penso que ser gordo é ser um outsider.É ser uma pessoa que literalmente estoura os padrões, que choca os manequins 38 com sua fartura e abundância. Observo que grande parte das pessoas falam dos gordos com uma crueldade quase assassina. Como se fossémos criminosos, cometedores de crimes hediondos.

Observo isso com alguma agudez, porque sou uma ex-magra [e quando era magra, nem sabia que era].É. Uma ex-magra no tempo em que todo mundo deseja ser ex-gordo. OK, não vou ser cara de pau a ponto de dizer que engordei porque quis. Não foi assim. Mas ao contrário do que o senso comum ordena, não penso que 'embagulhei' por ter engordado, sinto-me mais bonita e mais livre para viver meu corpo e com meu corpo do que quando tinha 'barriga quase zero', cintura fina e (sempre tive e terei) bunda grande [quem conhece minha história conhece os fatos que comprovam essa afirmação... *risos*]

É ruim demorar a encontrar uma calça jeans? Óbvio que sim. Mas assim como as dietas infernais,os comentários infelizes e as ginásticas espartanas, modelos de roupas escrotamente não pensados para a diversidade fazem parte de um emulduramento estético e por sua vez cultural que pira um monte de gente. Quem ultrapassa, está necessariamente errado. Discordo.Existem gordos feios e bonitos, magros, negros, brancos, altos, baixos, gays, heteros e toda a sorte de gente de todos os jeitos.

Tenho acompanhado diversos fóruns, entrevistas, pesquisas, comunidades no orkut sobre essa discussão da gordura. Os cientistas sempre apontam a gordura e o sobrepeso como principais causas de um monte de coisas e doenças. Não sou cientista, não sou bióloga e nem médica, mas uma coisa eu vi bem de perto aqui na minha família. Vi mulheres lindas, grandes, gordas adoecerem e quase morrerem porque emagreceram. E não eram adolescentes inconseqüentes e nem mulheres malucas em busca de um corpo perfeito. Fizeram acompanhamento médico, regularidade da alimentação, tudo direitinho pra emagrecer para melhorar a saúde. No entanto, o tiro saiu totalmente pela culatra. A magreza pode ter trazido tudo, menos a tal saúde.

Alguém pode dizer que isso são casos isolados, ou até mesmo duvidar da sua existência [todo mundo é livre pra pensar o que quiser, né?], mas me coloca para pensar. Se a natureza é tão diversa, porque todos os corpos devem necessariamente funcionar de modo igual? Porque o que serve pra mim TEM que servir pros outros? Isso te cheira a algo estranho? Pois a mim sim. Não to fazendo apologia a diabetes, nem a hipertensão, ou coisa que o valha, mas pensando que a beleza do mundo tem diversas formas, cores, pesos, alturas, entre outras infinitas variáveis.

Feliz.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ah, o amor...
...faz a gente cometer loucuras,dizer bobagens,se deixar levar sem querer pensar em nada...pelo menos é o que normalmente acontece,mas não é geral,padrão.Tem gente que ama diferente,ama primeiro à sí mesmo ou primeiro às outras coisas...
O amor me faz perder noção de presente,me faz querer esquecer o passado e sonhar com um futuro cor-de-rosa e anil.
Já fui pior,bem pior.Hoje me acho até mais controlada.
Já amei desesperadamente de chorar a existência do meu coração que doía sem parar e sem motivo.Hoje,amo com felicidade,com prazer,buscando amor de volta e não sofrimento.Amor tem que ser leve,tem que fazer bem,fazer sorrir.
Muitas vezes nos acostumamos com a idéia lá da adolescência de amor aliado a sofrimento,um tempo depois a gente descobre que isso não é amar ou continua amando torto desse jeito.Parei de amar torto.Pedi pra mim um amor simples,calmo,companheiro,feliz e fui atendida.Não choro mais a existência do meu coração...rs...aprendi a usá-lo da maneira certa pra me fazer feliz e acho que estou no caminho certo.É isso,aos 11 anos a gente deveria ganhar de presente um manual de uso do nosso coração,nos pouparia de muito sofrimento e decisões mal tomadas.
Devo até me conter um pouco nessa coisa toda de amar com felicidade...só estou vivendo isto há um mês...rs...mas tenho em mim marcas de meu passado e de impulsos apaixonados e sei bem que o que tenho agora,ainda que há pouco tempo,é bem diferente do que qualquer outra coisa q tenha vivido.
Mas,é isso...o amor me fez apagar posts anteriores,e isso por si só já sinaliza q esse meu amor talvez não seja tão saudável assim...O importante,eu acho, é que eu estou tentando.Buscando pra mim a minha paz,evitando situações de sadismos tão comuns nos relacionamentos...ainda que me veja várias vezes caindo nas mesmas armadilhas...rs...mas ,vou tentando e acho que ando conseguindo.

Enquanto as "chattinhas",andamos meio por aí,soltas,tinha e bel num projeto profissional,eu nessa vida de sempre (de tentativa em tentativa),e a "outra", feirense,anda por aí ...rs...mizeravona,tirando onda e sendo feliz tb...xD
bjinx e até mais.

Celibato intelectual ou algo que me valha.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Passada a euforia de ter feito 25 anos e a descoberta de que é tão normal quando fazer 24 ou 23, salvo por algumas linhas de expressão no canto dos olhos - segundo minha própria mãe, do exercício do sorrir: sim, minha mãe me disse que eu sou feliz, e isso muda muita coisa, meu pé-de-galinha passou de tenebroso sinal de idade para uma orgulhosa prova de que eu não sou essa psicomaníaca depressiva a qual às vezes eu acredito ser, ou me fazem acreditar que eu seja - me encontro em meio a um dilema existencial daqueles de inspirar roteiro pra Sofia Coppola. Após mais uma daquelas, bem, como dizer melhor... baldeadas de água pela cara, resolvi acordar pra vida e vi que eu só tenho dois caminhos a seguir: ou eu me solto de vez na vida e triplico minha quilometragem, ou eu entro no que apelidei carinhosamente de celibato intelectual.

Não sei, necessito dos dois. Pra me sentir viva, pulsante. Quero meu cérebro pulsando, e eu voltando a ser aquela pessoa brilhante da qual tantos professores meus já se orgulharam, de brilhar os olhos, mas não por eles, por mim. Por outro lado, gostaria de me sentir viva, pulsante, escolhendo o lado para o qual eu devo, bem... emanar mais simpatia. Sinto que as duas partes de mim estão murchando, e por minha causa, por justamente me sentir um pouco estafada de nadar contra a corrente e de apontar o dedo para onde não devo.

Nem assoprei velas esse ano, mas eu tenho certeza que é culpa dos pedidos específicos que eu faço quando eu inicio o ano. Parece coisa de menininha adolescente que faz aquelas simpatias de revista de menininha adolescente, de mel no papel na lua cheia e pétala de rosa na lua nova, enfim... mas os pedidos são sempre específicos. Talvez se eu generalizasse mais, pedisse um emprego bom, ou uma pessoa boa, ou uma viagem legal, eu não sofresse tanto. Mas sempre programo tudo na expectativa de que meu pedido seja atendido por inteiro e na íntegra, com todos os pontos e todos is. Maldito idealismo meu.

Talvez seja ideal eu me fechar no celibato intelectual mesmo. Livros, poeira, papéis, e meu lindo par de óculos que, de tão lindo, não uso publicamente há alguns anos. Mas isso não seria em um sinal panfletário de revolta nem nada parecido, é que eu realmente preciso de uma medida drástica, ultimato. Para ver se alguma coisa muda. Sabe quando você se sente nervoso, agoniado de tanto dizer "tudo na mesma"? Ou, parafraseando a mim mesma, "que...". Em meu celibato, eu vou produzir muitas coisas. Textos, artigos, coisas legais, e sempre que alguém me perguntar "e aí, o que tem feito?", eu vou dizer "escrevi um artigo", ou "escrevi uma crônica", ou meu sonho de vida, "estou escrevendo meu primeiro livro".

Será que minha vida é realmente fadada a estar presa dentro de mim, das minhas divagações e no que eu idealizo p'ra ela, ou um dia ela poderá sair de dentro de mim batendo asas e quando ela chegar, milhas à frente, olhar para mim e me chamar, mas em um gesto tão inesquecível que me faria correr todas as milhas em uma velocidade de tufão sem cansaço, só pelo simples gosto de correr atrás do que me move, do que me chama, do que eu realmente persigo? Detesto ter que pensar que a uma altura dessa eu ainda não sei o que eu quero, embora ninguém nunca saiba. Quero escrever um livro, quero correr o mundo e colecionar paixões, quero emanar simpatia para aquele que eu escolher. Mas o que fazer quando nossa relação com o óbvio se encontra tão fraca a ponto de você tomar cuidado com o elo que une ele a nós, uma vez que um grito mais alto de euforia ou desespero pode transformar esse elo em pó?

Sinto-me fraca, incapacitada, burra, desmotivada. Upgrade... mais que necessário. Ainda bem que meus pés-de-galinha me fazem sentir menos pior... Quanto mais o tempo passa, menos vontade eu tenho de cirurgia plástica. Alguém quer comprar um Renew?

25... e aí?

quinta-feira, 31 de julho de 2008

1/4 de vida. Estive com alguns bons amigos ontem, daqueles que fazem você faltar a uma conferência que custaria 300 reais se saísse do seu bolso, para o simples prazer de contar duas nicas e tomar uma cerveja num depósito de bairro. E quando me vi, comportadinha e tal, com meu casaquinho e minha blusinha de gola alta, pra suportar meu frio congelante de 19°, lembrei que quando eu tinha 17, não me imaginava nem com 20, que dirás 25. E eis que aqui estou.

O mais engraçado, é que eu tinha planejado ter meu primeiro filho aos 24. Pra que ele crescesse e eu pudesse aproveitar um pouco mais da vida, mas tem aquele ditado que está certo em qualquer época, que diz que aos 15 tudo é mais fácil. A gente pula aos 20 e não muda muita coisa, talvez um ou dois amores, três ou quatro rugas, cinco ou seis novas posições sexuais, sete ou oito demissões de empregos mixurucas, nove ou dez tentativas de suicídio, onze ou doze quilos perdidos (ou recebidos de mau-grado pela vida cretina que levamos, ainda bem que meu caso é o caso perdido). Na essência, é a mesma coisa. Eterna menininha de classe média que se anula em fazer o que realmente quer com medo da cara feia do papai. Eu imaginava que aos 25 eu seria mãe, ou que pelo menos teria alguns carimbos no passaporte.

Tudo bem, 25 nas tripas. Tempos mais competitivos, e eu vejo que não sou tão brilhante quanto necessário, ou ainda não acertei, mesmo depois de colocar minha cabeça na guilhotina, largar uma graduação pra fazer outra, pensar em estudar fotografia, política e jazz e parar em cinema...
ah, tanta coisa, tanta coisa mudando de lugar e se transformando, e eu achei que minha vida aos 25 seria igual a do meu pai, toda ajeitadinha. Hoje ele me olha com aquela cara de derrota, mas não quero acreditar que estou derrotada quando a coisa está na verdade ruim pra todo mundo.
Vou sair pra beber com os amigos, como todo ano. Pena que dessa vez não com tanta vontade. Não sei, cada ano que passa eu me fecho numa concha, e quero menos pessoas ao meu redor. Algumas queridas que estão longe, outras que estão perto, mas tenho fugido do resto. Deve ser sintoma de velhice mesmo.

Velhice, não! Do contrário, me sinto com 15. Vou internalizar isso para tornar as coisas mais fáceis de hoje em diante. Feliz aniversário para mim, então. Vou ali tomar uma com os amigos. Os do peito, de fé, amigos irmãos... amigos. Sei lá, só queria escrever algo, que mostrasse minha feliz angústia de ter 25 anos, carinha de 18 e nada construído. 1/4 de século... Nossa. Assustador.

A minha vida realmente não cabe num opala.

sábado, 26 de julho de 2008

Quem por ventura for ler este texto algum dia na vida, não espere dele uma crítica cinematográfica, uma análise profissional dos méritos ou defeitos do filme. Este texto é fruto de uma pulsão, do soco no estômago que recebi hoje à noite no VI Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual.
E preciso dizer que não agüento mais ser saco de pancadas. Talvez eu seja realmente uma pessoa suscetível, ou esteja sensibilizada por morar numa cidade que recentemente publicizou que alguns de seus bairros periféricos têm toque de recolher, chacinas semanais e um embrião de mais uma guerra de traficantes nesse país de merda em que vivemos. O fato é que pelo menos para mim o filme entrelaça as violências do cotidiano, aquelas pequeninas, das insatisfações diárias, das frustrações, das saias justas em que somos colocados pelos outros, e aquela maior, que é fruto de um sistema social fudido, do qual fazemos parte, que não se incomoda de passar por cima de pessoas, famílias e sonhos, para que sua engrenagem continue a funcionar.
Não sou adepta da concepção de que o cinema tem que ser uma máquina de sonhos, de ilusão. É papel do cinema também denunciar as coisas que parecem erradas para alguém, portanto se os filmes são brutos, vomitados e violentos, apesar de um acuro e cuidado estéticos, a culpa não é do cinema, mas da realidade em que ele está inserido, e que é por sinal, a mesma que a nossa. Nesses dias de seminário, os filmes têm me tocado muito, mas mexido bastante com algo desconfortável, a idéia e a sensação física do medo. Do medo de uma violência que parece escalar pelas paredes do meu dia a dia. Temer as outras pessoas que nem eu que andam pela rua, desconfiar dos maltrapilhos, dos pedintes, dos pivetes – gente que geralmente é preta que nem eu – o que acaba doendo um pouco mais, eu acho. De repente, me pego me privando de coisas que gosto, por medo de ser assaltada, por exemplo. Essa sensação de impotência me assusta. E talvez porque ela pula da tela de modo tão aterrorizantemente realista, é que minha vida não caiba num opala.

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sexta-feira, 25 de julho de 2008

Como mestre Cartola já disse...

domingo, 20 de julho de 2008

O mundo é um moinho. Enquanto uns se apaixonam, milhares tomam no cu.
Acho que o que falta nas pessoas é auto-estima. A suto-estima leva a auto-suficiência. Porque, apesar de não ter compartilhado desse pensamento em grande parte de minha vida, hoje eu tenho plena convicção que ninguém precisa de ninguém para ser feliz. Apenas precisa se amar, e parar de refletir no outro a felicidade que espera ter.

Porque o mundo, na verdade, está podre, e cheio de pessoas podres. E aquela pessoa que você olha com ternura, de uma hora pra outra, depois de um dia saudável, e cheio de surpresas agradáveis, pode chegar e te esfaquear na nuca, sem chances de revide. Quando nós nos amamos em primeiro lugar, por mais que venham facas, adagas, tiros, mísseis... Qualquer um desses é fichinha pro bem que a gente quer a nós mesmos. A gente chora, e se levanta no dia seguinte, sentindo o frio de uma manhã de inverno, lembrando do verão infernal e de como essa noite amena foi desejada... e percebe que o mundo é bom, e o que atrapalha viver são as pessoas.

Sim, ninguém é bom hoje em dia. Eu não sou, você que está lendo, não é. Determinamos pelo menos 1/3 do nosso dia para conspirar alguma maldade, pensar mal de alguém, ter raiva, planejar vingança. E esse 1/3 é mais significativo do que qualquer um pode pensar, pois um pensamento negativo tem poderes externos e internos. Mas não dá pra fugir, então, tirar a amargura do coração ajuda bastante. Você não presta mesmo, e ninguém presta, então, não se culpe de pensar assim ou assado.

O mundo é um moinho. E você só consegue estar tranquilo com qualquer pessoa se não souber, em hipótese alguma, o que ela anda fzendo quando você não vê. Sim, se eu sou o que ninguém vê, a outra pessoa também não é transparente o suficiente, ou seria muita ingenuidade de minha parte pensar dessa forma, não. No final, sobram apenas aquelas pessoas que acharam dentro de si gana suficiente para seguir em frente, e isso não tem nada a ver com fatores externos, se tivesse, não teríamos um índice tão grande de suicídios se família, trabalho, dinheiro realmente importassem no final das contas, Durkheim que me perdôe. O extrato da vontade de viver está na alma mesmo, dentro de cada um, seja por um ideal, seja por amor próprio mesmo, o que no final é a mesma coisa. O mundo é de quem dá mais, e todos nós devemos estar preparados para a queda, enchendo nossas próprias almofadas. Quando Hobbes disse que "O homem é o lobo do homem", disse isso com uma visão profética de que ninguém deveria depender de ninguém nessa vida, buscar sua individualidade, sua independência. Menos contos de fadas, mais histórias baseadas em fatos reais. E só.


Esse post foi escrito em homenagem a minha irmã, Bel. Ela vai ler, e eu só quero dizer publicamente que não é João, David, Francisco, Sérgio, Gabriel, não existe ninguém que vá atrapalhar o caminho que a gente trilhou e merece, ninguém tem esse poder, ninguém pode tanto. Nos convencendo disso, o mundo será nosso, e você sabe, tanto quanto eu, o quanto nós desejamos tomar conta dele... O mundo é um moinho, e chegou a nossa vez.


♥♥♥♥♥♥

sexta-feira, 18 de julho de 2008




Another lonely day...

sábado, 12 de julho de 2008

Eu tinha comentado com uma amiguinha malvada minha (eu prometi que ia dar o troco) que iria demorar alguns dias até eu me sentir só novamente. Mas, ontem, minha irmã comentou que esse tempo meio friozinho é bom pra namorar. Bom, não sei se a nostalgia que eu estou sentindo tem a ver com a falta do sexo oposto ou se tem algum motivo biológico. De certo, hoje eu acordei meio distante.

Queria mesmo era viajar. Acho que acordei assim porque ontem passou imagens da Turquia no Globo Repórter. Sim, sempre tive vontade de ir até lá, passar algum tempo ali, não sei, algo me impele para aquele lugar. Sozinha. Meus planos de viagem eu nunca faço pensando em companhia. Mas de repente eu me senti velha e pobre... e lembrei que em minha vida eu sempre fiz mais planos que realizei metas, e de repente, me vi com medo de não ter dinheiro, casar, ter filhos, antes de explorar o mundo da maneira que sempre sonhei pra mim.

Minha maior dor é essa, ver que o tempo está passando e eu continuo paradona. Eu sempre tive orgulho de mim mesma, hoje em dia sinto algo frouxo. Fico consultando oráculos que só me dizem que eu terei uma vida difícil, mas que eu vencerei, e acho todos eles um porre. Leio textos de auto-ajuda, desses que dizem que você deve mudar determinadas posturas, e eu tento, mas quando eu me lembro da pressa que eu tenho para viver, eu tenho vontade de queimar todas as teorias e palavras mansas que todo mundo já disse um dia.

Acho que minhas meninas temem ficarem sozinhas, sem uma costela. É, eu conheço. Eu até temo também, mas temo mais viver uma vida ordinária, sem aventuras, sem coisas novas, não sei... Ai, tem tanta coisa presa em minha garganta querendo sair e eu nem faço idéia do que elas possam ser, me sinto um ser inútil, aqui, parada, escrevendo meia dúzia de baboseiras porque não aguentava mais a maciez da minha cama. Preciso conhecer a Turquia. Ou, quem sabe, procurar o que fazer.

"O que eu faço?!"

sexta-feira, 11 de julho de 2008

MULHER E PLENITUDE

quarta-feira, 9 de julho de 2008

É plenitude do ser, mulher
Amar a si num outro ser
Manter puro o real não visto
Mesmo isto sendo malquisto

É plenitude do ser mulher
A vaidade exacerbada
Com vertentes inimaginadas
com a fragilidade maqueando poder

É plenitude: do ser mulher
que é mãe, que é lavadeira,
que é amante, costureira
executiva, arrumadeira

É. Plenitude do ser mulher
não é solúvel em sessões terapêuticas
Freud e Lacan de mãos dadas não tinham essa fé
De desvendar o segredo da complexa genialidade que constitue o ser mulher.

Sorry!

Olá!
Sei que é uma surpresa, mas siiiiiiim, finalmente tomei vergonha e deixei de ser a ausente da vida de blogueira.
Peço desculpas a todos, em especial as minhas amigas CHATTINHAS, que, com certeza, já planejaram algumas boas maneiras de me fazer tomar jeito.
Meu 1° texto falará justamente de ausência. Ausência que quer dizer além de afastamento, inexistência...
Há alguns dias, me dei conta (com ajuda de alguns amigos) do quanto estava caminhando para a inexistência na vida de alguns, e do quanto estava afastada da minha própria vida. Vocês já se perceberam assim? Ausentes de suas vidas???
Os sinais falam por si, e os amigos falam mais ainda. O sujeito começa a não freqüentar os lugares de sempre, não vê e pouco (ou unca) fala com os amigos, não faz mais as atividades que lhe dão prazer, enfim, o indivíduo deixa de ser agente da sua própria existência para se tornar alguém que ouviu falar a respeito, como se sua antiga rotina fosse um comercial que passou na TV, todos viram e acharam legal, mas você ainda não pode ver pois está sem tempo até pra ligar o televisor.
Imaginem só... Fiquei assim.
Acho que a pior parte disso tudo, é pecerber as razões que me levaram a essa lastimável situação: dedicação ao trabalho.
Admito que sou perfeccionista e obstinada, teimosa mesmo. Só consigo sossegar depois que utilizo todos os meus recursos para obter um resultado final positivo. Faço por prazer, mas odeio que achem que podem me fazer de trouxa em função disso, e era o que vinha acontecendo.
Deixei meus treinos de artes marciais, que tanto amo, deixei de ensaiar, deixei os amigos... tudo para me dedicar a um trabalho mal-remunerado, em condições duvidosas e sem o devido reconhecimento.
Agora devem estar pensando: Mais uma que se fu... à toa. rsrs Mas lhes digo que hoje estou fora daquele tormento, disposta a retormar minha vida com tudo de louco e bom que tem nela, e com a satisfação de ter feito bem tudo o que ali realizei.
Espero ser aceita de volta por merecimento. Prometo tentar não cometer o mesmo erro de ficar longe de mim e de vocês.
Hugs and kisses

"Eu toco bongô" xD

Ó, repare,esta semana pintei o cabelo de laranja.Mas ou menos assim:

E lembrei de Tinha com uma música,ouvi e associei a ela e o ultimo estrupício que apareceu na vida dela,é estrupício mesmo e foda-se se tiver lendo!Aliás,favor não ler mais.




Isso aí,post "macabéico"...rs..."seu tio toca violino?"...rs...culpa do cabelo laranja.xD

E aí, você faz análise?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Aprendi essa semana a nunca mais confiar em alguém que faça terapia. Se você, caro leitor, faz terapia, me perdôe, mas todas as minhas tentativas de me relacionar, não importa em qual âmbito afetivo, se de amizade ou algo mais, foram frustradas. Mas é sério. Uma pessoa que precisa pagar para conversar com um estranho pelo simples fato de procurar entender o que acontece dentro de si mesma, bah, me poupem. Já pensei em pagar um analista para mim, não vou mentir, mas confesso que ainda não o fiz até hoje pois iria me sentir ridícula, fraca, incompetente demais. Me perdoem também todos os estudantes de Psicologia, que precisam dessas pessoas para que um dia possam colocar o pão e o nescauzinho na mesa para seus bacuris. Mas, o teste de qualidade, daqui para frente, será: "e aí, você faz análise?"

Fatos da vida. Há uns 3 meses, conheci um cara. Poxa, que legal, de início sabia que nos daríamos muito bem, parecia uma luz no fim do túnel, para alguém curando dor-de-cotovelo por causa de uma paixão besta pelo melhor amigo e, por outro lado, com um noivo do outro lado do Atlântico (vai, diz, Maria Quitéria do meu lado é fichinha, haja senso heróico para conseguir viver desse jeito). Mas enfim, por essa pessoa em questão, eu juro, eu largava todos eles, ele me pareceu tão... fresco. Mas, fazia terapia. E me disse no primeiro encontro que era problemático. É pra isso que serve a terapia, para tornar pessoas problemáticas mais sinceras e assim melhorar o relacionamento delas com o mundo? Perdeu, preiboi.

O preiboi em questão começou a rixar comigo porque eu perguntei a ele (tudo bem, de forma um pouco calorosa demais, deve ser um problema de pessoas que fazem terapia também, elas aprendem a ser frias como seus terapeutas), mas de uma forma minha, sabe, autêntica... esse fato rendeu um post aqui, mais antigo, que por sinal, vou apagar, pois não sei se eu sou realmente muito volátil ou muito passional. Vou acreditar no segundo. Se assustou, se assustou por ter uma pessoa "half-falling-in-love" por ele. Será que dizem isso na terapia também? "Você é um verme, você é estranhão, que diabos você está fazendo aqui, você não pertence a esse lugar, se mate, ninguém nunca vai gostar de você"... Essa minha última colocação foi condenável e infantil, mas poxa vida, convenhamos... Mais infantil talvez seja você se descobrir excluída do messenger sem ao menos ter tido uma explicação plausível, por mais que essa fosse um "vá se foder", odeio, odeio covardia. Por isso não vou ao terapeuta, porque eu acho que eu posso resolver todas as merdas da minha vida. E uma pessoa que me disse tantas, mas tantas coisas sobre "peso", "leveza", "fluidez", "Nietzsche", bah! Tão cheia de axiomas, de verdades, e não sabe mandar ninguém tomar no cu por defender algo que é seu.

Me ligou depois que eu mandei um e-mail dizendo que para uma pessoa tão cheia de princípios, ele tinha ido muito mal. Me ligou, dizendo que eu não sabia nada da vida dele. Bingo! sei o suficiente. Sei que vai ao terapeuta há 5 anos. Que é um homem que não sabe lidar com os próprios problemas, que se esconde de si mesmo e dos outros, e que, veja só, sentiu medo de mim, porque eu irradio calor demais. Sinto? Muito, por ele. Por mim não, eu sou uma mulher resignada, de cabelo vermelho, tentando ser feliz, batalhando meu lugar ao sol e dialogando sozinha com meus próprios demônios, pois eu sei que eu sou capaz. Se eu sentir vontade verdadeira de morrer, eu vou ali e tomo veneno, sem maiores preocupações. Já falei muitas vezes em ir ao terapeuta, inúmeras, inclusive com ele... Mas devo crer que Deus não faz nada à toa, e agora eu compreendi o porquê de eu ter passado por tanta tormenta em tão pouco tempo. Eu faço o que quero, e consigo o que almejo, e acabou.

PS. Não sou uma completa ignorante. Compreendo que existem patologias psicológicas, e eu acho que problemas existem unicamente quando existem essas patologias. Se você não é psicótico, psicopata, sociopata, serial killer, pedófilo, enfim, o que você precisa de fato é de uma surra de gato morto até o gato miar, procurar conhecer o sertão adentro, subir uma favela ou andar sozinho na rua de madrugada, para compreender o que é a realidade e ver que diante das dores do mundo, seu problema não é nada. Frescura, não cola. A vida está aí, é dura, mas é dura pro mundo inteiro, até para aqueles que tem que administrar 25 contas bancárias na Suíça. Menos egoísmo, mais amor próprio e ao próximo. Franqueza ao invés de sinceridade. E por fim, o terapeuta merece ganhar dinheiro, merece. Mas o mundo precisa mais de bravura que de terapeutas. E criem seus filhos nesse sentido, pois se essa geração é "prozac", a próxima merece não ser.

Opinião Masculina

sábado, 5 de julho de 2008


Esse post é uma contribuição de uma figura masculina bem interessante,meu ex peguete-quase namorado-amigo...rs...que adora nosso blog,lê diariamente,é fã dos escritos de Tinha ,e como já havia sido convidado a colaborar com o nosso blog ,caso se sentisse inspirado,veio através deste expor sua opinião sobre nosso assunto polêmico da semana:Amizade Homem+Mulher.


"Amigas [peguetes em potencial]

Amizade entre homem e mulher é uma coisa muito peculiar e complicada. Acho legal ter amigas, pois as mulheres são seres bem estranhos e geralmente eu nunca sei o que elas querem. Estou falando das que eu tenho a intenção de ficar, o que na verdade é a maioria. Por isso, ter amigas neste caso ajuda a decifrar melhor o que fazer para pegar mulheres, ter menos estresse com a patroa e claro pegar as amigas dela. É não vou ficar de mentirinha aqui, é raro um homem olhar para uma mulher e não querer ficar com ela.

Algumas poucas coisas podem mudar isso como: o cara não se sentir atraído pela mulher, ela ser amiga próxima de uma ex [isso pode ter validade curta], o cara saber de algum problema grave para avanços futuros [mau hálito, má higiene, a mulher ser ruim de cama, ser frígida...], o cara ter ficado com ele e não ter gostado, ela ser ex de um brother [isso tem validade quase que eterna, só as mulheres que são muito safadas mesmo é que pegam o ex das amigas] e muito raro eles terem ficado e o cara gostado mas ela ser muito brother e ele ta precisando de uma amiga ou ter rolado uma amizade legal [mesmo assim as vezes a gente vai olhar com vontade de garrar de novo, ainda que demore ou nunca o faça].

É fato e simples, as mulheres são lindas e maravilhosas por isso sempre é difícil resistir à tentação de se jogar para uma amiga, o agravante é que você já sabe das cosias que ela gosta e vice – versa [é um problema descobrir o que as mulheres gostam ou querem, até porque geralmente vocês são seres muito inconstantes], logo; agarrar uma amiga e transforma-la em namorada, peguete – fixa ou qualquer coisa semelhante sempre é útil e mais fácil.

Mas mesmo assim, têm algumas amigas que você percebe que ela é uma pessoa especial depois de um tempo. Por isso, mesmo ainda sentindo alguma atração por ela, tentamos aproveitar a companhia, o colo e as sábias palavras dela quando precisamos. Melhor fazer isso do que ficar se jogando para trocar fluídos, o que às vezes pode estragar a amizade.

De certa forma, acho que dei sorte nesse sentido, tenho algumas amigas significativas mesmo [obvio que são poucas], e tive também um processo curioso de namorar com algumas amigas. Tentei também fazer com que minhas ex depois se transformassem em amigas [não pensando em pega-las de novo, mas porque mesmo não dando certo percebi que algumas delas eram mulheres da caralho e não as queria distante].

Nunca tive amiga que ficasse nua em minha frente, mas não sei como reagiria se alguma ficasse [talvez eu ficasse na minha e só olhasse, não acho que seria um pião no cio e agarraria logo], mas nem acho que isso diminui as amizades femininas que tenho. Para mim o que conta muito é a disposição. Acho que amizade forte mesmo existe quando você ta na fossa e precisando de alguém liga para uma amiga que atende em qualquer hora, lugar e se possível sugira um encontro para lhe dar colo.

Às vezes acontece algo simples nessa relação, você se apaixona por sua amiga. Simples, ela te dá colo, te conhece, te da conselho, é bonita, interessante e é uma pessoa que você descobriu maravilhosa, então para que ficar procurando mulheres em outros lugares se você já achou uma. É um fato, hoje em dia achar mulheres decentes que não sejam escrotas, malucas ou interesseiras é raro. Arranjar alguém para namorar esta cada vez mais difícil e pegar as amigas às vezes nos poupa deste trabalho. Afinal, quem vai ficar andando com umas porras que nem a gente, se não gosta?!

Acredito muito em minhas amizades femininas e valorizo todas elas, mas acho que sempre é uma relação que deve se ter um cuidado a mais. É muito fácil confundir as cosias de vez em quando e machucar alguém nunca é bom, principalmente uma pessoa que se respeita, admira e ama. Existe amizade entre homem e mulher, mas ao mesmo tempo tem que se ter noção que essa história é uma história também de homem e mulher.
A atração sempre vai existir em menor ou maior nível, a única coisa que tem que se dosar é como levar essa relação sabendo disso. "

Silvano Vianna - http://discursohumanista.blogspot.com/

Bons Amigos... apenas?

terça-feira, 1 de julho de 2008

Acho interessante fazer desse tema um ciclo de debates, com exposição de idéias... pois eu tenho várias impressões sobre o assunto, já senti na pele várias emoções, e se um dia eu vier a casar, espero que seja com um grande amigo... enfim.


Já tive amigo de fechar meu sutiã, já tive amigo que dançou comigo e eu senti algo estranho lá embaixo. Já tive amigo de me dar selinho na boca, já tive amigo de não querer nem me tocar, não sei por quê. Tenho amigos que me dizem até hoje, de boca aberta, para todos ouvirem, que se eu tivesse "dado mole", teriam me traçado. Já outros que dizem: "nem morto, ela é uma irmã para mim", embora hoje em dia, apenas um tenha restado dessa laia.
Tenho uma teoria complicada que diz que muito raramente, mas em casos isolados mesmo, um homem pode ser o melhor amigo de uma mulher. Leia entre os casos isolados os namorados fiéis, os gays e aqueles que você sente na hora que Deus não colocou em seu caminho como irmão pois seria mais fácil vocês se darem bem como amigos. Pois os amigos, nós os escolhemos, eles são para nós tudo que nós projetamos em uma pessoa como o exemplo de uma pessoa boa, quase perfeita. Por isso tanta decepção, por isso tantas brigas, tanto chamarmos a atenção, tanto nos apaixonamos por eles.
Eles são tudo que nós pediríamos num homem que nos viesse a compartilhar a vida. Eles nos ouvem, nos fazem rir, nos fazem companhia, levam a gente em casa na madrugada, nos apresentam os amigos deles, assistem futebol com a gente, bebem com a gente e aparam nosso vômito, sem dizer nenhum "ai", não implicam se a gente resolve fumar um baseado ou um cigarrinho só de onda, dão risada quando a gente mostra a calcinha sem querer. Ou seja, não há tanta cobrança, é apenas a leveza, a tão almejada leveza, é tudo que queremos num relacionamento nosso.
De repente, a vontade de ver cresce, o ciúme também... aquela vaca loira aparece na vida dele, e você só falta fazer um vodu pra ela, e não entende... "nossa, não posso estar gostando dele! Ele é meu irmãozinho!" Irmãozinho porra nenhuma, é um homem, tem algo no meio das pernas que você deseja muito e o pior, você já percebeu que ele te olha diferente de vez em quando.
Se apaixonar pelo melhor amigo é algo tão antigo quanto a posição de fazer xixi. Por mais que apareçam outros caras na vida da gente, é no colo deles que nós choramos as mágoas, e quando eles falam "não, ele não serve p'ra você", eles botam tudo a perder. A química funciona de forma diferente p'ra mulher, ao contrário do que disse, nós não pensamos só em acasalar, quando olhamos para uma figura masculina, nós pensamos em alguém que nos proteja e proteja nossas crias - sim, isso vale até para as golpistas de barriga, afinal, dinheiro também é proteção. Mas, voltemos ao âmbito da carência.
Me lembro daquele filme "My Best Friend's Wedding"... Qual o ser do sexo feminino, tendo o melhor-amigo-"perfeito"-solteiro-não-gay, não pensou alguma vez na vida "se nada der certo, eu caso com fulano"? Eu já fiz isso, até. Ainda tem esse detalhe, nós achamos que nossos melhores amigos são perfeitos, mas, perfeitos para nós. É inadmissível o fato de eles encontrarem uma namorada, e pior ainda, quando ela é mais feia e mais gorda que você, o que eu sinceramente acho pior do que se ela for mais bonita e mais rica, afinal de contas, nossa condição nós temos que morrer aceitando.
Eu já fui mortalmente apaixonada pelo meu ex-melhor-amigo, e embora eu tenha descoberto que ele é mais imperfeito que perfeito, para mim, ele ainda é aquele ser alegórico que mesmo após tudo que passei, quando sonho com ele, acordo feliz. Hoje vivemos um pouco na frivolidade, acho que eu sempre gostei mais dele do que ele de mim, até na época em que não sentia nada por ele, não sei se é o jeito dele, não sei... Hoje ele tenta, aos pouquinhos, reconquistar minha confiança, puxar meu saco, entre outras coisas. Não minto que fico muito feliz, mas por outro lado, toda vez que eu o vejo, que eu ouço falar dele, que vejo uma foto, eu sinto de uma vez por todas que amor como aquele eu nunca vou mais sentir por ninguém; pois nele eu pude projetar tudo que eu sempre quis em uma pessoa, de modo a passar por cima dos defeitos, perdoar, esquecer, trilhar novamente, fazer planos... E agora, eu vivo ladrilhando meu caminho, somente p'ra não dar vazão a nenhum aventureiro ao ao lobo mau.
Amigos, amigos são bons pois nos dão conselhos sobre os homens do mundo, eles rixam entre si por nossa atenção. Claro que não se estende a todos, eu tenho meu amigo-irmão, que é cheio de coisas chatas, mas que eu não tiro da minha vida, pois já é quase um irmão. Mas todos os outros, são pessoas altamente apaixonáveis, pois nós os escolhemos, os magnetizamos...
Acho que ninguém jamais poderá decifrar o que realmente ocorre por trás de uma amizade entre um homem e uma mulher. É "cronicamente inviável", pensar que dois seres opostos que foram criados com um único objetivo possam compartilhar de amizade sem ter rolado alguma vez aquela olhadinha p'ra bunda, p'ro decote, p'ra transparência do biquini, olhar quando está dormindo, admirar como ele(a) dorme bonitinho ou ter um sonhozinho erótico daquele que te faz acordar meio azoada de madrugada.
Amigos... sempre bom tê-los, mas como sabê-los? Só vivendo, só vivendo.

Apenas bons amigos

segunda-feira, 30 de junho de 2008








"Fobia Social"

terça-feira, 24 de junho de 2008

Hahahahahah, só rindo.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Engraçado, você passa o dia inteiro pedindo pra uma coisa acontecer, e de repente acontece outra completamente diferente.
O português me ligou (sim, veja, eu poderia ter recebido ligação de um daqui, mas o português me liga, eis que me pego pensando em determinados valores e determinadas convenções e conveniências, e sobre uma conversa que tive recentemente sobre ele, Paulo, o português). Apesar de não nutrir mais esperanças sobre o fato de ficarmos juntos ou não nessa vida louca de meu Deus, ele liga pra mim, que coisa, né? E de Portugal, e pro meu celular.
Conversa vai, conversa vem, meio embriagada que eu tava de tanto tédio e tanto dilema, perguntei a ele:

- Paulo, se a gente só conseguir se encontrar daqui a 10 anos, e eu estiver solteira, você vai me aceitar do mesmo jeito?
- Sim. (seco sim, assim, mas verdadeiríssimo, com aquela voz de tipo "que brincadeira de mau-gosto é essa?")
- E se você tiver casado com a portuguesa mais gostosa do universo, mesmo assim, se eu chegar por aí e te disser: "tô na área", você larga ela?
- Na hora. (cada vez mais sério)
- Jura? Desculpa ficar perguntando, mas eu estou em crise de carência afetiva.
- Eu também, faz tempo. (sério, mais do que nunca, e sem achar a mínima graça nessa conversinha despropositada)
(pequena pausa na conversa)
- Olha... alguma vez, juntos ou não, você vai deixar marca. Eu vou gostar de você sim, sempre.

E assim, ele se despediu dizendo que tinha que fazer algumas coisas.
E eu não sei... embora o propósito dessa conversa tivesse o sentido contrário, posso parecer sádica, mas não sei... fiquei meio feliz... meio? Aquele homem maravilhoso... nossa. Ai, deixa pra lá!
Minha vida anda muito complicada. Cheia de sentimentos bagunçados. Mas fez bem, lavou a alma, subiu a estima...

Coisas que não queremos ver.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Este post,tem referência num post de um blog q um "ex-peguete-quase-ex-namorado" meu me recomendou.

É um blog desses masculino de alcunha "manual do cafajeste".Mas tem textos bons,simples,diretos,divertidos e tão menos cafajeste quanto o nome sugere.Na verdade o cara age meio como aquele nosso "melhor amigo-quase-irmão" ,nos dando conselhos e abrindo nossos olhos para o que não queremos enxergar.E é um post sobre esse assunto,nossas miopias convenientes,que vou colocar na íntegra aqui.

Mas, o que importa neste assunto-10 dicas para identificar quando um homem não está a fim de namoro-é que todas estas pistas a gente percebe,mas ,idiotas,empurramos nossos diabinhos internos pro fundo do calabouço da consciência e nos fudemos depois.Eu já passei por isso, vc já passou por isso,toda nós, chattinhas, já passamos por isso.A pergunta é:quando vamos aprender?!...rs...




A trilha desta semana foi de Tinha...tá perfeita...Nina Simone cantando pra gente...rs...

Saudades de vcs ,chattinhas!

E tem uma q até hj só tá aí no nome...raiai...:/

In The Eve...

sábado, 14 de junho de 2008

Odeio vésperas, de qualquer coisa que seja. Sou agoniada demais para viver vésperas. Tão agoniada que tomei dois Dramim pra dormir, e mesmo assim, não consegui. Cochilei por duas horas nervosamente e acordei de supetão às 5 da tarde, esperando que o dia estivesse amanhecendo, e não abaixando. Enfim.
Independente do que aconteça amanhã, eu quero deixar aqui tudo que eu estou sentindo hoje, para vocês, minhas amigas, enfim.
Eu compreendo que o que eu fiz não foi algo louvável, mas foi sem querer. Voltei da rua naquele dia com muito medo, medo de olhar pra frente. Eu lia meu livro no ônibus sem paz, eu olhava para os lados, desconfiava de tudo e de todos, minha carne tremia corpo abaixo, como treme até agora, de medo. A pele dói, de medo. O mais estranho é que medo nunca foi um sentimento que eu tivesse afinidade, aprendi com a vida a ser destemida, a enfrentar tudo, mas de uns tempos para cá, me tornei uma pessoa insegura, vacilante, e naquela segunda-feira, eu comecei a sentir coisas muito estranhas nas minhas entranhas.
Infelizmente ele foi a primeira pessoa que veio falar comigo. Estava cansado, mas eu desconfiei. Tínhamos passado a véspera juntos, o dia seguinte sempre é uma surpresa. Mas eu já acordei angustiada naquela segunda-feira. Mas ficou tudo bem, embora eu tivesse agoniada com a distância dele, não sei por que compreendi como distância, enfim. Mas me segurei.
Na terça, ele insistiu no cansaço, e na terça, eu sabia que alguma coisa de muito ruim iria acontecer comigo, e eu tive medo primeiramente de morrer, em algum atentado, assalto, chacina, não sei. Ando assustada. Ele falou comigo. Disse que continuava cansado. Eu não me segurei e perguntei por que ele estava distante. Ele disse em outras palavras que era coisa da minha cabeça aquilo, que ele apenas estava cansado, e uns 30 minutos depois disse que achava melhor dormir. Não, não estava ok. Minha carne tremia loucamente. Vou explicar.
Esse ano começou meio complicado para mim. Eu quebrei um elo dentro de mim que havia sido unido no cosmos, e foi bastante difícil. Quebrei, numa atitude egoísta, numa atitude de amor próprio, e achava que nunca ia sentir dor igual em minha vida. Afastei de mim o homem que eu acreditava amar por uma era inteira. Um amor silencioso, mas devotado. Amor que me mudou do cóccix ao pescoço. Foi uma vida devotada a esse homem que simplesmente ouviu-me dizer que eu ia me afastar, diante dos motivos dados, sem dizer nenhum "espera, vamos conversar". Estado de choque, prometi que ficaria sozinha pelo resto da minha vida. Chorei o que não tinha, sofri o que não devia, mas sobrevivi.
Mas eis que cai outra pessoa de pára-quedas em minha vida, e pela primeira vez, eu não precisei fazer nada, ela apenas se preocupava comigo. Nem me conhecia, me dava força, me dava carinho, ria comigo. Não vou mentir, que quando ele aparecia no msn, antes de nos conhecermos, meu coração palpitava de alegria. Todo mundo percebia que mesmo em meio a tanto estresse, eu tinha cá dentro de mim algo que me levantava a moral. Sim, era ele. Nos vimos, e quando eu olhei nos olhos dele, senti gosto de doce na boca. Não, não foi nada à primeira vista, mas eu vi ali algo de grandioso, algo de perspectiva, algo que eu não sentia há alguns anos, nessa minha vida de idas e vindas e de magnetismo repulsivo. Nos vimos mais uma vez, e por não aguentar mais, ao menos falo por mim, a falta. E aí, aconteceu a desgraça.
Me descobri com um carinho todo especial por ele. Não era paixão, paixão é coisa frívola. Mas sentia uma vontade enorme de estar perto, vontade de ouvir a voz, de sentir o toque... absolutamente natural, duas pessoas bacanas envolvidas em um sentimento bom. Tudo que eu menos queria era perdê-lo de vista, posso ser exagerada, mas ele foi a melhor coisa que me aconteceu esse ano. Pedia sempre por alguém que me protegesse, que se preocupasse comigo, que fosse acima de tudo homem, sério, bacana, que não se importasse se eu xingasse muito e que soubesse se impôr às coisas da vida sempre com um ponto de vista a se discutir. Ele tem tudo isso, tudo que eu pedi. Um homem íntegro, um homem bom, diferente de todos os aventureiros que passaram em minha vida para tirar vantagem de mim, se aproveitando da minha boa vontade, meus ideais, minhas verdades. Mesmo que a primeira frase que ele tenha falado para mim, e que eu não me esqueço, após nosso primeiro beijo, tenha sido "sou um cara problemático". Não importavam para mim os problemas dele, também tenho os meus, queria que a nossa vida juntos fosse algo a parte de tudo isso, do egoísmo do mundo, da prepotência da nossa família, das vicissitudes das nossas vidas.
Minha vida não anda um mar de rosas. Meus músculos tremem de medo de nada dar certo para mim. Mais uma vez estou fracassando em minha vida acadêmica, e mais uma vez estou sendo pressionada de todos os lados. Sinto vontade de sumir a cada minuto, por ter medo do minuto seguinte, do que pode acontecer. Em meio a tudo isso, estava ele, me dizendo apenas que estava cansado e que achava melhor dormir, numa conversa cheia de lacunas. Não sei o que deu em mim, mas eu, de forma nada branda, falei a ele tudo que, não sei, me incomodava. Mas, era como se não fosse eu. Eu reli o que escrevi hoje, não tive coragem antes; lembro de ter ficado com muito medo de que ele fosse como os outros, misturado com o medo de perdê-lo diante de alguma bobagem que eu havia feito enquanto estávamos juntos, não sei. Muito medo para uma pessoa só. E fiz. Falei a ele que eu caí. E os motivos pelos quais eu havia caído.
Claro, ele interpretou da pior forma possível. Tomou como susto, ficou assombrado e se afastou de mim durante dias. Entrei em pânico, sem entender como que Deus, se existir, poderia permitir que eu afastasse de mim as coisas que eu gosto. Sim, diante de coisas desse tipo, eu tenho que duvidar, apesar de acreditar. Pois, tudo bem que existe um quê de pedagogia informal nisso tudo, mas anos seguidos, é complicado. Agora, ele está assustado comigo. Disse a mim hoje que não é exatamente isso que ele gostaria de ter na vida dele, e eu estou sentindo dentro de mim uma dor maior, superior, a dor que senti quando eu afastei o outro lá de cima da minha vida de uma vez por todas. A minha dor envolve arrependimento, envolve medo, envolve sentimentos mais profundos; a minha dor é a dor de uma mãe que engravida e que ouve do pai da criança que aquele filho está vindo numa circunstância indesejada, e que para ele é melhor que se ceife a vida da criança, para que ela não venha ao mundo para ser rejeitada.
Existe algo muito bonito querendo nascer dentro de mim, por ele. Hoje é véspera. Amanhã conversaremos sobre o assunto, e tudo que eu mais queria é que ele acreditasse que o que eu fiz foi sem propósito, sem querer, apesar de ter machucado. Mesmo tendo doído, sou um ser humano e mereço algo como uma chance, que seja. Pela primeira vez, estou engolindo meu orgulho, que já teria me feito deixar tudo pra lá, em torno de algo que eu vou lutar, pois eu acredito que vale a pena. Vou pedir a Deus hoje com todas as minhas forças, que a coisa certa seja o que eu espero que seja. E que se não for o que eu espero, que me dê forças para continuar, que abrande esse medo do meu coração. Senão, tudo me levará a crer que eu de fato não sou uma pessoa "amável", nasci para vagar sozinha pelo mundo, sozinha, sozinha.

12 Jun.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Estava eu ,na rua,sozinha_me and my prescious ilusions_"Tenho que escrever alguma coisa no chattinhas hj!"_Se não escrevesse iria parecer dor de cotovelo,parecer que estou triste por estar sozinha hj...poderia parecer azedume...rs...
Enamorados namorandos do mundo,curtam seu amor bastante na data de hj!Mesmo q seja massificação,data comercial,mesmo q seu namorado use barba e camisa de Che,dê um chameguinho mais chamegado hj.Aproveitem todo "nhemnhemnhem" desta data.Mesmo longe,por msn,telefone,carta,email,telepatia,forças positivamente direcionadas.Não dói,não faz mal,só faz bem.
Cuidem de quem vc ama,diga q ama se vc ama,seja sincero.Não deixe dúvidas do seu sentimento.Faça cada momento seu com seu "love" um momento bom pra relembrar no futuro.Só produza boas lembranças.Elas te aninharão nos momentos de solidão,se eles vierem.
Não estou triste.É o meu primeiro dia dos namorados sem namorado em 5 anos.O fato de eu querer "um homem pra chamar de meu' não se altera nem pra muito nem pra pouco por causa de hj.Meus outros papéis femininos estão absorvendo todo meu lado "romântica à procura".No momento,namoro é projeto pro futuro.Qdo eu estiver suficientemente saudável psicologicamente pra ser feliz com alguém do meu lado.
Amanhã vou na casa de bel,numa reza de santo antonio...rs...mais pra me divertir,tomar licor e jogar conversa fora do q pra fazer pedido ao santo casamenteiro...nem me vejo mais casando...rs...
No mais, é isso.
Feliz dia dos namorados !



Algo como a porra da saudade.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ontem fui dormir contrita. Os olhos doíam de tantas lágrimas derramadas por coisas que mais uma vez, se alguém me perguntasse, eu não saberia dizer, mesmo contando milhões delas. Não saberia distinguir quais eram as minhas algozes, não. Misto de dor e agonia, misto de dor com várias coisas. Misto de dor com ansiedade, talvez. Fiz uma pessoa sofrer sem necessidade, ajudei outra que estava sofrendo. E fui dormir contrita.
Acordei contrita. Misto de dor e ansiedade, talvez. Minha rotina diária de acordar e sair sem comer se seguiu, segui meu caminho de todos os dias, mas contudo, hoje tinha algo de diferente no meu caminho de todos os dias. Não mais que de repente me senti um pouco leve, mais leve do que eu estava ontem, ou na hora que eu acordei. Percebi que queria chorar, mas não tinha mais lágrimas. Segui meu caminho até a faculdade, e chegando lá, respondi minha prova. Respondendo minha prova com certo teor panfletário, me veio algo no peito, algo como saudade. Saudade de quando eu era idealista e saudável, e não um saco oco que corre em busca da primeira coisa que o encha. Sim, eu era feliz, quando saía por aí levantando bandeiras, quando acreditava num mundo melhor e melhor ainda, quando acreditava que eu podia mudar o mundo com o que eu acreditava. Hoje em dia, só acredito no amor - esse momento me invadiu enquanto eu fazia a prova, e aí eu senti algo como saudade novamente. Saudade de quando eu era não mais que uma brisa leve pelos cantos do mundo, e encantava. Mas acordei da minha divagação e lembrei de outra saudade, saudade daquele a quem eu fiz sofrer. Lembrei de uma ou duas palavras ditas que aguardavam resposta, e fiquei ainda mais agoniada para sair daquela sala, daquela prova panfletária, das minhas divagações ideológicas e retornar ao meu mundo real, eu, e a minha dor, que poderia ser um misto de ansiedade e saudade.
Já em meu mundo real, lembrei que nem só de saudade ele se faz. Coisas que fiz, coisas que consenti, voltaram-se contra mim, e a minha dor, naquele momento, tornou-se um misto de saudade e medo. Medo de não seguir em frente, saudades do passado. Um passado nunca envolve um presente, o passado renega o presente, e do futuro eu tive medo. Fiquei horas caminhando, abraçada aos meus livros, meus eternos amantes e companheiros, os que não me deixam sentir saudades, por estarem sempre presentes. Caminhando sozinha, lembrei que eu sentia saudade de ter alguém por perto para contar os meus problemas, alguém com quem eu pudesse chorar. Lembrei que meus amigos estavam ao meu lado no passado, que aquele a quem eu fiz sofrer se encontrava num presente inalcançável e que eu me encontrava sozinha e apavorada com o futuro. Lembrei que por mais que eu tentasse chorar, estava esgotada, pois havia chorado tudo que poderia de véspera. E, assim, compreendi que esse dom que me foi dado, de sofrer antecipadamente, é só uma forma para que eu não demonstre fraqueza em frente aos outros. Essa fortaleza melindrosamente feita de isopor: por fora, perfeita. Toque, e verás a verdadeira verdade. Como num lindo cenário de alguma encenação teatral.
Fui dormir contrita, acordei contrita, fiz alguém sofrer, sofri, errei, tenho medo do que possa acontecer daqui a um minuto, estou ansiosa com o que possa acontecer daqui a um minuto, e algo como a saudade é a única coisa que me conforta nesse momento...

sábado, 31 de maio de 2008

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
(Futuros amantes - Chico Buarque)

Sábado, maresia noturna... tô eu aqui escrevendo o memorial pra qualificação já marcada para o dia 24/07 (ai que medaa!), ouvindo um compilado gigante de "modern jazz" que eu achei pelo emule... quando de repente, não mais que de repente, de repentelhos, lembro-me dessa música na voz de Gal Costa.
Não sei direito porque isso aconteceu, sei que me deu vontade de vir aqui no blog. Ai descobri os últimos textos, e lembrei de quanto tempo tem que não escrevo nada de 'vida normal'.
Aliás, desde ontem tenho tido rasgos de experiências de 'vida normal', quer dizer, fazer coisas não necessariamente ligadas com trabalho, o meu trabalho louco de aspirante a historiadora que apaixonadamente consome o meu tempo. Mas voltando a vaca fria, sempre gostei dessa música- ela me traz uma nostalgia de um tempo que não vivi, e lembranças de um futuro que não se concretizou.. é estranho, só que não sei colocar de outra forma.
O amor é de uma ansiedade estranha. Independentemente de 'termos alguém" ou não, a presença ausente desse sentimento é sempre presente, e de algum modo a música me remete a isso. E também a um amor platônico que depois de sair da adolescência, resolvi ter. É mole?
Tô começando a perceber que as instabilidades da adultoscência podem ser bem mais non sense do que eu imaginava Não se afobar, não ter pressa, saber esperar, mas esperar o quê, pombas? Mainha diz, que pra quem ta perdido, todo mato é caminho. Contudo, pra quem não tem as armas de Oxossi, o mato pode ser um caminho bem complicado e doloroso. Temos todos que abrir nossos espaços, mas é preciso ter ferramentas para tal. E uma perdida na vida não tem isso. Digo perdida não no sentido de ‘perdição’, mas no saber seu lugar no mundo. Parece que a vida toda é uma busca por esse lugar, pelo caminho pra chegar lá.
Só que se ‘o caminho se faz ao caminhar’, não tem lugar pra chegar, não tem par pra encontrar, tem só o processo, o fazer e os companheiros de estradas. Não acho que isso resolve o impasse, pelo contrário, cria outros, especialmente os de sintonia, que nos fazem perder o tempo de algumas coisas.
Parece ser necessário saber equilibrar a leveza e o peso, saber equilibrar-me entre as minhas levezas e os meus pesos, pra que possa andar com minhas próprias pernas, pelos caminhos, desde que eles tenham coração...

#DNA#

Não sei por onde começar esse post,não consigo ter uma linha de raciocínio lógica na hora de escrever.Vou pensando e escrevendo e quando vejo falei de “333” coisas ao mesmo tempo...sendo assim,dessa vez vai ser o mesmo...um dia eu escrevo direitinho...

  • Assisti a um filme muito bom hoje, bom demais! “Reign over me – Reine sobre mim”, com Adam Sandler e Don Cheadle. A trilha extra também é fantástica, tem Bruce Springsteen e Pearl Jam fazendo cover do The Who. Fala sobre um cara que perdeu a família toda num dos aviões que bateram nas torres gêmeas, no 11 de setembro e como as pessoas reagem de forma diferentes à dor.Até chorei.
  • Essa semana veio com algumas novidades... a ruim foi q eu não consegui me classificar pro Banco do Brasil,fiquei mal...vamos ver agora a CaiXa.A boa, não sei nem se é boa, digamos que é um primeiro passo para a resolução de um "dilema" na minha vida,é que consegui contato com a família do meu suposto pai biológico e parece que agora tudo vai se esclarecer.

Essa é uma parte da história da minha vida.Mexer nessas coisas me doem muito. Mas não mexer me atormenta ainda mais. PRECISEI MUITO DE MINHA AMIGAS ESTA SEMANA!Mas todas nós temos nossos próprios problemas, e foi bom passar por isso sozinha também. Fez com que eu dê valor à quando eu as tenho por perto.

No mais, meu tempo se divide entre Guilherme,faculdade,curso e estágio.Tô com saudade de meu povo:, Tinha, Bel, Billy Joe,Tiago, Karla...mas é isso.

Vou deixar algumas músicas da trilha pra vocês ouvirem aí no box do deezer.

Abraços!


Almanaque

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Descobri que sou aquela amiga ótima pra quem você pode contar seus problemas; nunca aquela pessoa legal com quem você pode sair e se divertir;
Descobri que minha ansiedade coloca tudo a perder, mas que se eu não ficar ansiosa tudo pode perder a graça numa fração de segundo;
Descobri que as pessoas me evitam pela minha capacidade nata de atrair atenções para mim, mesmo quando eu não quero - chamam de magnetismo, eu chamo de inveja alheia;
Descobri que eu não nasci para viver coisas verdadeiras; vide a forma leviana pela qual me deixo levar por coisas que eu não conheço, nem sei lidar;
Descobri que eu sou uma filha chata, uma irmã chata, uma tia chata e uma chatíssima imagem ao espelho;
Descobri que sou impaciente, desorganizada, enrolada; porém, me preocupo com tudo isso;
Descobri que eu sou uma pessoa desmedida, que faz tudo "demais", inclusive, espera demais;
Descobri que sou, de fato, uma pessoa azarada, que tenho o dedo torto, que onde eu caço a solução encontro mais um problema e o pior, trago ele comigo;
Descobri que falo "eu" demais, e descobri também que nunca vou conseguir me "livrar" do meu ego;
Descobri que sou amada, mas tão amada, e que esse amor já me atrapalhou por diversas e diversas vezes na tentativa de encontrar o meu próprio;
Descobri que sou péssima ao telefone; mesmo quando esse é a coisa que eu mais esperei durante o dia;
Descobri que eu posso me tornar desinteressante numa fração de segundo;
Descobri que podem existir pessoas atenciosas como eu, minuciosas, e ao mesmo tempo e tudo junto, estúpidas; e descobri que apesar de ser tudo isso também essas coisas nos outros podem me machucar, por menos que signifiquem;
Descobri que mais uma vez eu caí e não olhei a profundidade e esqueci de calibrar as minhas molas; descobri que mesmo correndo risco quero continuar aqui embaixo;
Descobri que ainda sou aquela à moda antiga, que em meio a tantos convites lascivos ainda consegue ponderar e escolher por mais uma noite de espera, na busca por algo que não-epidérmico;
Descobri que sei esperar, mas não tenho paciência;
Descobri que vou esperar algum novo sinal;
Decidi que não vou esperar mais nada.

(posso perder a viagem, mas não o trem).

#O que teria sido, o que é, o que será#

domingo, 18 de maio de 2008




O domingo termina agora, às 23:13 com um sentimento de vazio...não um vazio ruim, mas uma vazio de esperança de coisas novas, confiança de q o q ta no passado me fez sofrer e o q ta no futuro é o q importa,sofrer coisas novas,ser feliz com coisas novas...vejo agora que o que tinha pra ser não foi e se vai ser é provável q não, mas e daí...lá na frente sempre tem mais coisas mesmo.

Boa semana aí meu povo.



Exame de vista.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Ai, meu olho arde. Há dias que ele vem ardendo, e eu não entendo se é por causa de uma possível virose, se é por causa dessa tela cor de catarro devido a um defeito na placa de vídeo, se é porque eu mudei a marca da sombra que uso nos olhos, não sei se é a espera... Mas eles ardem. Tenho sentido muitas agonias por ser e não viver. Assistido a estagnação, o parar da minha caravana. Por impotência. Mas, deixa isso quieto, por enquanto.

A verdade é que eu preciso de algo novo. Sim, nem que seja uma nova calça jeans. Uma palavra nova em meu vocabulário. Me apaixonar por um novo autor, um novo assunto, uma nova banda, não me apaixonar pelos mesmas coisas dos mesmos autores, coisas que seguem uma mesma linha de raciocínio, um mesmo caminho, um mesmo estilo. Não, isso não representa uma desvaloração, não! Eu preciso crer que o mundo ainda produz coisas boas, sabe aquela coisa da esperança? E quanto às pessoas? Sim, por que não crer que existem pessoas boas também?

Hoje Bel foi me ver na faculdade, ficamos conversando sobre algumas novidades, almoçamos... ai, como nós precisamos de um “upgrade”. Eu e Kell também estamos com essa brincadeirinha de “mudança de comportamento”, de agir de outra forma, deixar de abaixar os ombros (sentido figurado – eu ando toda empinada pra frente) para as vicissitudes, manter uma postura altiva, passar batom, dar chapinha (exagero) e pintar as unhas de vermelho... Não que isso signifique ser “igual”, mas oferecer ao mundo a chance de um outro ser “eu”, de se surpreender comigo. Nós três aqui cometemos um erro terrível, mortal: o de ir até o fundo do poço por um pequeno desajuste nas coisas. E a gente chora, chora, sofre, se descabela, se descuida, anda feia, engorda, emagrece, fica doente... Quando na verdade aquela coisa de auto-ajuda é verdadeira, sacode e retorna porque a roda-viva está aí, mais viva do que nunca.

Voltando a Izabel, vimos uma cena linda. Uma menina, não sei se bolsista, estava cheia de caixas na mão, sendo que uma, a maior, estava cheia de pipetas, buretas, béckeres. Estávamos esperando o elevador da Politécnica, e um rapaz se aproximou para também tomar o elevador, e vendo aquela menina cheia de apetrechos, simplesmente tomou a caixa maior da mão dela. Eu achava que eles se conheciam, quando chegou no andar dela, ele simplesmente falou: não, eu vou lá também. A última frase que ouvimos foi “qual o seu nome”, antes que a porta do elevador cerrasse. Ficamos nós duas suspirando no elevador. Claro que dali pode sair muitas coisas, mas via-se que o rapaz fez aquele ato não por nenhum interesse, mas por uma das coisas da qual o mundo está mais deficiente: gentileza, aquela ligada à educação mesmo.

Já tive essa experiência antes. Algum rapaz que eu tenha me envolvido, ficado, não sei. Estamos juntos, saímos juntos e, mesmo me vendo cheia de livros, é incapaz de esboçar um gesto de gentileza. Preguiça? Não. Medo de criar vínculos. Medo de que com aquele gesto eu pense “Oh, como ele me ama” assim de um dia para a noite, quando isso não passa de uma questão de bons modos. Eu me emociono com pessoas gentis. Qualquer traço de gentileza, para mim, vale mais que qualquer presente. Esperar no ponto de ônibus, acompanhar no caminho deserto, encher o copo vazio. Tem tanto tempo que eu não sei o que é isso, tanto tempo... que eu até desacostumei. Aprendi a andar sozinha, a me proteger de ladrão, a me proteger de estuprador, a correr quando chego na porta da minha rua, que por ser apenas residencial é deserta por natureza... a pegar o último ônibus na Estação da Lapa sozinha...

Talvez eu esteja precisando simplesmente mudar a paleta de cores da minha aquarela... ou procurar um olftalmologista.

Biscoitinhos "crock" de Chocolate

sábado, 10 de maio de 2008

Vc faz assim:

3 xícaras [de chá] de farinha de trigo

1 xícara [de chá] de açucar

1 xícara de [chá] de chocolate em pó (pode ser achocolatado)

1 xícara [de chá] de margarina

Pronto, mistura tudo, fica uma massa e vc abre com um rolo, ou no meu caso, com o q tiver...rs...corta com cortador de biscoitos, ou com o q tiver q sirva, coloca numa assadeira untada e num forno ,preaquecido no fogo médio por 10 minutos, vc coloca os biscoitos pra assar por 15 minutos.Qdo tirar do forno,passa no açucar refinado, se tiver (se não tiver, bate 1 xícara de açucar no liquidificador, fica igual) e coloca numa vasilha com tampa.



Meu maior presente, o maior presente de dia das mãe pra qualquer mãe é o próprio filho.Ele é minha alegria,meu beijinho qdo estou triste, meu parceiro de forró...rs...meu parceiro de luta diária,de buzús infernais...rs...Qdo me tornei mãe percebi td que minha mãe não foi pra mim...Meu filho é a razão da minha vida, que antes não fazia sentido.É amor demais...amor demais!XD

Aff, post longo sem sentido...rs...post de solidão.



Nada muda, nada pega...

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ixe,se eu não posto ninguém posta...
Vamos ao "causo" da semana...
Pera, antes vou escolher um som...
Música naada à ver com o assunto,mas tem dias não sai da minha cabeça..."s
ecret garden" - Bruce Springsteen
Gosto da batida do início...


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Eu vi meu sonho, e ele era lindo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

De repente me vi em um lugar bonito, respirando um cheiro bastante familiar, algo que me lembrava casa, lar. Um cheiro de café passado, de banho tomado, de pão queimado... era manhã, e eu me arrumava para algum lugar com a destreza de quem o faz todos os dias. Não era novidade nenhuma para mim aquela rotina, e a única diferença era que eu me sentia feliz com ela.

Não havia ninguém em especial, nem nada em especial. Eu podia simplesmente virar o olhar e reconhecer todas as coisas que eu gosto e algumas outras que sempre quis ter ao meu redor, sem surpresas, porque eram minhas, eu já as tinha conquistado. Mas como eu estava feliz na minha mesmice! Sentei no meu divã e tomei minha xícara de café preto bem doce, de calcinha e sutiã porque o calor estava enorme, e de toalha na cabeça. Abri a internet e li as últimas notícias, abri meu messenger e lá estava uma mensagem do meu homem português dizendo que estava me esperando. Sim, dali a quatro meses e cinco dias eu estaria embarcando para Lisboa, para encontrar ele e finalmente colocar nossos pontos nos is. Outra mensagem, do outro amarelinho, dizendo que no final do ano estará aqui, eita nóis, mal chegarei de Lisboa já irei para a Ilha. Emails das minhas sobrinhas, dizendo terem saudades, e algumas lágrimas caem do meu olho nesse momento, por querer estar perto delas nesse momento tão especial que é o início de tudo. Mas enfim, respondo carinhosamente, a todos eles. Saio dali, gasto mais cinco minutos... só o tempo de contemplar aquela manhã da minha janela. Escolho uma roupa e saio. Bem bonita, claro.

Quando saio de casa, surpresa. Ninguém naquelas ruas de paralelepípedos. Pensei: hoje é domingo? Não pode, eu olhei o noticiário. É uma quarta-feira, e como todas as quartas-feiras, a rua deveria estar cheia de pessoas com caras de meio-de-semana. Enfim, segui andando, quartas-feiras são sempre inusitadas. Resolvi aproveitar as ruas vazias e ir ver o rio.

Na balaustrada, uma única pessoa. Um homem, lindo. Mas eu não conseguia olhar para ele como eu olho para todos os homens lindos, eu simplesmente sentia uma ternura tão imensa por ele como se ele já fosse verdadeiramente meu, e tive a sensação de que sem ele, eu não existiria ali naquele momento. Mas eu não o conhecia. Continuei minha andada, pedindo a Deus, claro, que ele não fosse nenhum algoz. Ele veio em minha direção e eu disfarçadamente mudei a minha, até que ele me chamou e disse "por que foges, eu só estou aqui por sua causa".

Naquele momento eu quase tive um colapso. Aquele homem lindo, naquele lugar típico, por quem eu tinha sentimentos afetuosos e uma possessão que eu não sabia explicar, olha para mim e me diz que só está ali por minha causa. Soltei um descrente "eu devo estar sonhando, só posso". O homem lindo, sorri docemente para mim e diz: "e você está. Eu sou teu sonho. E só vim até aqui hoje para que você me veja, veja o quanto você me deseja não só por eu ser bonito, mas por estar sempre pelo seu caminho, e por estar em todas as mínimas coisas que você faz e gosta, no cheiro do seu café, e até quando você queima seu pão e agradece por não ter quem reclame por isso. Estou aqui para dizer a você que eu estou lhe esperando, esperando por você que me abrace, me diga que você me quer e que vai lutar por mim, nem que seu esforço te esgote, enfim, minha recompensa para você nada, nada que você imagine poderá pagar."

Eu fiquei ali parada, em frente ao meu sonho, esperando que eu despertasse daquele sono, mas nada aconteceu. Ele me olhava e sorria, e eu olhava pra ele e não conseguia esboçar nenhuma reação exagerada, era como a reação comum de um cidadão diante de uma verdade absoluta. Não há como reagir, pois nada vai superar aquilo. Ele simplesmente me abraçou, beijou minha testa e seguiu pela esquina, sem dizer nenhum ' nos encontraremos novamente', ou algo parecido. Eu fingi não me inquietar com aquilo, mas não teve jeito, continuei ali, pensando. E de repente, quando o tempo ainda parecia parado, escutei uma galhofa de crianças correndo pela rua, alguns velhinhos e seu bom humor passavam por mim me desejando bom-dia, o ronco dos motores dos automóveis e a inquietação deles com os motociclistas, vozes familiares, outras não... e percebi que era hora de seguir em frente, pois nunca é cedo nem tarde para lutar pelo que a gente mais quer nessa vida.

Clichê, não? Mas o gostoso de viver é justamente saber que o que nós verdadeiramente queremos é o que está dentro do que nós verdadeiramente fugimos. E um dia, mais cedo ou mais tarde, por circunstâncias várias, nós descobrimos... e nem é tão ruim assim descobrir.




(Minha Kell, minha Bel, esse vai para vocês, digo... nossos sonhos lindos, grandiosos ou não... eles nos merecem).

domingo, 27 de abril de 2008

Se diz a palo seco
o cante sem guitarra;
o cante sem; o cante;
o cante sem mais nada;

se diz a palo seco
a esse cante despido:
ao cante que se canta
sob o silêncio a pino.

O cante a palo seco
é o cante mais só:
é cantar num deserto
devassado de sol;

é o mesmo que cantar
num deserto sem sombra
em que a voz só dispõe
do que ela mesma ponha.

...
A palo seco existem
situações e objetos:
Graciliano Ramos,
desenho de arquiteto,

as paredes caiadas,
a elegância dos pregos,
a cidade de Córdoba,
o arame dos insetos.

Eis uns poucos exemplos
de ser a palo seco,
dos quais se retirar
higiene ou conselho:

não de aceitar o seco
por resignadamente,
mas de empregar o seco

porque é mais contundente.

Trechos do poema do poeta e dilomata JOÃO CABRAL DE MELO NETO
A PALO SECO
( Quaderna - 1960 )


Quem gostar goste, quem aguentar aguente...à palo seco ..."não de aceitar o seco por resignadamente,mas de empregar o seco pq é mais contundente"...pq assim espero passar pela vida causando tanta dor qto necessariamente precise causar,sentindo tanta dor qto precise sentir...pq como disse outro intelectual,grande filósofo da minha vida de caloura,do meu início de maturidade,aquele q me acordou e, vez ou outra, ainda me acorda de meus sonhos infantís...rs...(lembra ,tinha?), como ele sabiamente,corajosamente diz:"...a vida é dor" (ARTHUR SCHOMPENHAUER)

Té mais.

*Ah,vale à pena ouvir a música de Belchior com esse mesmo nome da poesia de João Cabral de Melo Neto,inspirada nela por sinal,"à palo seco"...dela veio a inspiração pra esse post e também de minha vó me chamando se solteirona...rs...

Ah e tem uma história muto bonita sobre essa música de Belchior...parece q é uma resposta da turma de Belchior e o pessoal do nordeste menos pop,à Caetano e á Tropicália, é meio incerta essa história , mas se alguém souber melhor é só se pronunciar.

Abaixo,tem um vídeo de Elis lendo um trecho do poema A Palo Seco de João Cabral do Melo Neto num especial da TV Bandeirantes.








 
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