Como mestre Cartola já disse...

domingo, 20 de julho de 2008

O mundo é um moinho. Enquanto uns se apaixonam, milhares tomam no cu.
Acho que o que falta nas pessoas é auto-estima. A suto-estima leva a auto-suficiência. Porque, apesar de não ter compartilhado desse pensamento em grande parte de minha vida, hoje eu tenho plena convicção que ninguém precisa de ninguém para ser feliz. Apenas precisa se amar, e parar de refletir no outro a felicidade que espera ter.

Porque o mundo, na verdade, está podre, e cheio de pessoas podres. E aquela pessoa que você olha com ternura, de uma hora pra outra, depois de um dia saudável, e cheio de surpresas agradáveis, pode chegar e te esfaquear na nuca, sem chances de revide. Quando nós nos amamos em primeiro lugar, por mais que venham facas, adagas, tiros, mísseis... Qualquer um desses é fichinha pro bem que a gente quer a nós mesmos. A gente chora, e se levanta no dia seguinte, sentindo o frio de uma manhã de inverno, lembrando do verão infernal e de como essa noite amena foi desejada... e percebe que o mundo é bom, e o que atrapalha viver são as pessoas.

Sim, ninguém é bom hoje em dia. Eu não sou, você que está lendo, não é. Determinamos pelo menos 1/3 do nosso dia para conspirar alguma maldade, pensar mal de alguém, ter raiva, planejar vingança. E esse 1/3 é mais significativo do que qualquer um pode pensar, pois um pensamento negativo tem poderes externos e internos. Mas não dá pra fugir, então, tirar a amargura do coração ajuda bastante. Você não presta mesmo, e ninguém presta, então, não se culpe de pensar assim ou assado.

O mundo é um moinho. E você só consegue estar tranquilo com qualquer pessoa se não souber, em hipótese alguma, o que ela anda fzendo quando você não vê. Sim, se eu sou o que ninguém vê, a outra pessoa também não é transparente o suficiente, ou seria muita ingenuidade de minha parte pensar dessa forma, não. No final, sobram apenas aquelas pessoas que acharam dentro de si gana suficiente para seguir em frente, e isso não tem nada a ver com fatores externos, se tivesse, não teríamos um índice tão grande de suicídios se família, trabalho, dinheiro realmente importassem no final das contas, Durkheim que me perdôe. O extrato da vontade de viver está na alma mesmo, dentro de cada um, seja por um ideal, seja por amor próprio mesmo, o que no final é a mesma coisa. O mundo é de quem dá mais, e todos nós devemos estar preparados para a queda, enchendo nossas próprias almofadas. Quando Hobbes disse que "O homem é o lobo do homem", disse isso com uma visão profética de que ninguém deveria depender de ninguém nessa vida, buscar sua individualidade, sua independência. Menos contos de fadas, mais histórias baseadas em fatos reais. E só.


Esse post foi escrito em homenagem a minha irmã, Bel. Ela vai ler, e eu só quero dizer publicamente que não é João, David, Francisco, Sérgio, Gabriel, não existe ninguém que vá atrapalhar o caminho que a gente trilhou e merece, ninguém tem esse poder, ninguém pode tanto. Nos convencendo disso, o mundo será nosso, e você sabe, tanto quanto eu, o quanto nós desejamos tomar conta dele... O mundo é um moinho, e chegou a nossa vez.


1 comentários:

Anna Oh! disse...

"O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
(...)
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"
Augusto dos Anjos, senhor da razão.
Nada como a sobriedade de confiar em si mesmo.. às vezes inclusive, desconfiando.
Bjus...
seu post foi bem firme ;)

 
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